Como perder clientes

“O trabalho seria ótimo se não fosse
por esses malditos clientes.”

(Jeff Andersen, em “O balconista”)

Após quase 15 anos como cliente da Dell Computadores eu não imaginava que utilizaria esta empresa como um exemplo de omissão e negligência. Assim, para que este artigo não pareça um mero relato pessoal de insatisfação de um consumidor, decidi convertê-lo em uma lição para empreendedores e executivos listando um triste receituário de como jogar no lixo não apenas um cliente, mas a reputação de toda uma empresa.

1. Em lugar de fazer uma venda, preocupe-se apenas em tirar um pedido

Toda venda deve ser consultiva, ou seja, focada em atender às demandas do cliente. Isso se aplica sobremaneira no caso de produtos ou serviços que possam ser customizados. Porém, quando acionei o departamento comercial da Dell, informando que realizava palestras em todo o país e que fazia uso intensivo do computador durante voos, apresentando todas as minhas necessidades a fim de formatar a melhorar configuração para o equipamento que estava adquirindo, fui ignorado, e acabei comprando uma máquina sem o recurso de teclado retroiluminado e sem conector VGA, essencial para acessar praticamente todos os projetores existentes no mercado. O adaptador HDMI não foi oferecido, sendo enviado apenas meses depois. E nem sempre funcionava. Em suma, venderam-me não uma solução, mas um problema.

2. Crie complicações

O equipamento adquirido veio com o Windows 8 pré-instalado. Como não me adaptei a esta versão, decidi fazer um downgrade para o Windows 7. Porém, isso não era possível, de modo que eu teria que pagar para ter uma versão teoricamente inferior!

3. Faça propostas absurdas

Após um ano de reclamações, a Dell aquiesceu e decidiu substituir o equipamento. Contudo, a proposta foi retirar o aparelho e apenas depois fazer a reposição, ou seja, eu ficaria sem meu instrumento de trabalho sabe-se lá por quantos dias…

4. Seja moroso para cumprir acordos

A saída que encontrei foi comprar um novo equipamento, para depois fazer a devolução do anterior e ser restituído. Ocorre que o reembolso demorou exatos trinta dias, após várias reclamações – e não foi feito integralmente até a presente data, faltando ressarcir os acessórios.

5. Coloque gente despreparada no suporte técnico

O novo equipamento adquirido apresentou – pasme, estimado leitor – problemas diversos desde o início. O principal deles foi o sistema de áudio, impossibilitando-me, por exemplo, de fazer conferências pelo Skype. Abri um chamado técnico, mas o atendente não conseguiu solucionar o problema através do suporte on-line. Pior, comprometeu-se a buscar apoio e jamais retornou o contato.

6. Tenha gerentes omissos na supervisão

Durante as diversas trocas de e-mail tentando solucionar os problemas, fiz questão de envolver os gerentes de área, os quais eram copiados nas mensagens. Entretanto, houve quem não tivesse a dignidade de me contatar para dialogar. Liderança fraca, equipe fraca, problemas à vista.

7. Tente vencer pelo cansaço

Ignorar e-mails e telefonemas ou enviar respostas padronizadas para sinalizar alguma preocupação, sem ação efetiva, equivale a acreditar que o cliente irá desistir e aceitar suas inquietações. Isso pode até acontecer na maioria das vezes, mas não sempre…

8. Despreze o poder de um mísero cliente

Imaginar que uma empresa de pequeno porte e um único equipamento com problemas não trará maiores repercussões, é um péssimo julgamento. Este texto vai percorrer centenas de veículos na mídia, atingir milhares de pessoas, e ficará eternizado graças à tecnologia da informação de que dispomos. Tudo bem, afinal, ainda há quem pense que Marketing é coisa de marqueteiro e imagem de marca é balela.

9. Esqueça reputação e confiança

O que me tornou fiel à marca Dell foi sua assistência técnica. Já tive monitor trincado, teclado danificado que precisou ser substituído e, por contratar a garantia estendida, sempre fui prontamente atendido. Foi isso que me afastou da possibilidade de migrar para a plataforma Macintosh. O mesmo atributo que admirava, há mais de um ano esvaiu-se. Meses atrás, meu computador “apagou” cinco minutos antes de uma apresentação. Confiança conquista-se aos poucos, perde-se de uma só vez.

Eu continuo a admirar Michael Dell por sua capacidade empreendedora. O jovem que aos 19 anos, com apenas mil dólares, iniciou a construção de uma empresa bilionária, certamente não sabe o que estão fazendo com sua marca – e com seu sobrenome.

Observações:

1. O valor relativo aos acessórios foi reembolsado em 26/02, ou seja, duas semanas após a veiculação deste artigo e mais de 60 dias após a coleta do equipamento.

2. O suporte técnico continua negligenciado.

3. Os fatos foram registrados no portal Reclame Aqui. A resposta da Dell foi protocolar, típico copiar-e-colar: “Informamos que atendemos as demandas de nossos clientes somente pelos canais oficiais da empresa” (como se tais canais não tivessem sido acessados).
(http://www.reclameaqui.com.br/11992389/dell-computadores-do-brasil/como-perder-clientes/)

4. Este artigo atingiu, em duas semanas, apenas no Facebook, mais de 1250 curtidas, mais de 110 compartilhamentos e, em especial, mais de 50 comentários com muitos outros relatos de insatisfação com a empresa.

Tom_Coelho

Empregadores devem ficar atentos à legislação para trabalho em altura

Norma especial determina que empresas assegurem a saúde e segurança dos seus funcionários que trabalham em risco de queda.

POSTADO EM  POR EDIFICAR

O trabalho em altura requer cuidados especiais.  Nas atividades realizadas em locais elevados, com altura superior a dois metros do piso, o risco de queda pode ter consequências graves e fatais. De acordo com Sheila Comachio, Gerente de Segurança do Trabalho, as ocorrências de acidente de trabalho em altura são provenientes do não atendimento às normas de saúde e segurança do trabalho, em especial a NR 35. “Contudo, importante ressaltar que os requisitos das demais normas regulamentadoras também deverão ser cumpridos”, afirma.

Segundo a profissional, é importante observar as atividades e as condições do ambiente a ser realizado o trabalho. “Por exemplo, a exposição as intempéries, como ventos e chuvas, pode causar hipotermia, portanto recomenda-se o uso de vestimenta adequada ou barreira para impedir a exposição. Já o calor intenso pode causar desidratação e, consequentemente, o mal súbito”, destaca.

Da mesma forma, trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos acarretam em riscos adicionais, como: atividades de corte e solda, com exposição a gases e vapores, eletricidade ou realizadas em áreas classificadas, espaço confinado ou em locais com falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamentos ou em terrenos instáveis que podem ocasionar soterramento.

De acordo com a Norma Regulamentadora, os empregadores que não cumprem a legislação trabalhista estão sujeitos a multas, que variam conforme o número de empregados, infração e tipo (Segurança ou Medicina do Trabalho). Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização o valor pode ser ainda maior. “Outra penalidade que pode ser aplicada é quando o agente de inspeção do trabalho constatar situação de risco grave e iminente à saúde ou integridade física do trabalhador. Neste caso, ele poderá propor à autoridade competente a imediata interdição do estabelecimento, setor ou equipamento ou, ainda, embargo parcial ou total da obra”, finaliza Sheila.

Confira abaixo algumas medidas descritas na NR 35 para evitar acidentes em altura:

  • Garantir a implementação das medidas de proteção adequadas, sendo que a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual devem atender às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
  • Realizar a Análise de Risco – AR antes do início da atividade;
  • Emitir Permissão de Trabalho – PT para atividades não rotineiras;
  • Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura, o qual deve ser documentado, divulgado, entendido e conhecido por todos os trabalhadores que realizam o trabalho bem como as pessoas envolvidas;
  • Assegurar a realização de avaliação prévia das condições do ambiente de trabalho a fim de planejar e implementar as ações e medidas de segurança aplicáveis não contempladas na AR e no procedimento operacional;
  • Criar uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura,
  • Assegurar que o trabalho seja supervisionado e a organização e arquivamento da documentação inerente para disponibilização, quando necessário, à Inspeção do Trabalho;
  • Capacitar os trabalhadores através de treinamento periódico prático e teórico com carga mínima de 8 horas;
  • Realizar exames médicos voltados às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais;
  • Suspender o trabalho caso ofereça condição de risco não prevista e;
  • Disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura com os recursos necessários.

 Fonte: Assessoria de Comunicação – http://revistaedificar.com.br/noticias/empregadores-devem-ficar-atentos-a-legislacao-para-trabalho-em-altura/

 

Os deveres do poder público

“Cada povo tem o governo que merece.”
(Joseph-Marie Maistre, filósofo francês, em 1811)

 

Há anos a administração pública em nosso país, em todas as esferas de governo, tem terceirizado aos cidadãos suas atribuições básicas.

Assim, é impraticável abrir mão de um convênio médico e odontológico, ficando à mercê do sistema público de saúde, formado por hospitais lotados, carência de médicos e espera superior a três meses para uma simples consulta.

O mesmo se aplica à educação. Para oferecer um ensino de qualidade aos nossos filhos, precisamos recorrer a instituições privadas. E no mundo corporativo, cabe às empresas formar e capacitar os profissionais contratados, que chegam ao mercado de trabalho absolutamente despreparados, entregando baixa produtividade que impacta diretamente a competitividade. É o chamado “apagão da mão de obra”, decorrência direta dos analfabetos funcionais que têm sido despejados pelas escolas públicas e seu sistema de progressão continuada.

Com relação à segurança, outra das garantias previstas na Constituição Federal, temos que instalar alarme residencial, cerca elétrica e viver em condomínio, além de fazer seguro de nossos bens e, em breve, andar em carro blindado, selecionando criteriosamente os locais e horários para circular nas ruas.

Agora, diante da crise hídrica, será necessário instalar cisternas, poço artesiano ou ampliar a capacidade do reservatório existente, além de adaptar a tubulação interna para aproveitar a água de reuso. E para acessar a energia elétrica, teremos que adquirir gerador, instalar coletores de energia solar e também adaptar o sistema de distribuição desta fonte alternativa de energia.

O poder público tem o dever de agir, o que significa atender com celeridade aos interesses dos cidadãos, antecipando-se mediante planejamento às demandas essenciais. Tem o dever da eficiência, utilizando os recursos com efetividade e presteza. Tem o dever da probidade, agindo com ética, integridade e retidão. E tem o dever de prestar contas, atestando a prática dos deveres mencionados anteriormente.

Contudo, o que temos observado, salvo raras exceções, é a inépcia administrativa e o saqueamento do erário. Tudo isso com a população arcando com uma carga tributária de “apenas” 37% do PIB.

Qual o limite de nossa leniência? Até quando iremos suportar tanta negligência e omissão? Ou estaremos fadados a um retrocesso contínuo e progressivo, até o colapso social?

Tom_Coelho

Terrorismo silencioso

“Há fome de humanidade entre nós. Por sorte, somos um povo que ainda é capaz de sentir, mudar, impedir que o desastre se consuma, o suicídio social.”
(Herbert de Souza, o Betinho)
Charlie Hebdo. Este é o assunto recorrente desde a virada do ano. Em Paris, quase quatro milhões de pessoas saíram às ruas para protestar, naquela que é considerada a maior manifestação da história da França. Chefes de Estado de cerca de 50 países estiveram presentes neste ato. A imprensa de todo o mundo tem promovido ampla cobertura dos fatos e a primeira edição do jornal satírico após o ataque ocorrido em 7 de janeiro atingiu a marca de cinco milhões de exemplares, mais de 80 vezes a circulação convencional de 60 mil.

Há uma comoção popular e mundial, justificável porque qualquer ato de violência deve ser repudiado. Dentro deste contexto, poderíamos debater os limites da liberdade de expressão quando uma religião é insultada, como foi o caso, ou analisar as reações desmedidas do público, notadamente nas mídias sociais, generalizando sua indignação com uso de expressões como “negro sujo” ou “árabes imundos”. Entretanto, gostaria de promover uma reflexão sobre outros tipos de terrorismo que nos rodeiam e contra os quais pouco tem sido feito.

No Brasil, por exemplo, mais de 40 mil pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito, enquanto outros 170 mil são feridos, segundo o Ministério da Saúde. Somos o quarto país no mundo, entre 183 nações, em número absoluto de óbitos no trânsito, perdendo apenas para China, Índia e Nigéria. Trata-se de uma autêntica guerra civil que para ser remediada depende de investimentos em infraestrutura e em educação. Mas você já viu alguma manifestação exigindo: transporte público de qualidade para reduzir o fluxo de automóveis; manutenção e sinalização adequadas de ruas, estradas e calçadas; disciplinas no ensino médio orientando os jovens sobre como se portar no trânsito? Na verdade, o que vemos são medidas paliativas como a implantação de uma indústria de radares, preocupada em obter arrecadação com multas em lugar de prevenir acidentes.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 805 milhões de pessoas no mundo não se alimentam em quantidade suficiente para serem saudáveis, sendo que uma em cada nove pessoas vai dormir com fome todos os dias. A Inter-agency Group for Child Mortality Estimation (IGME) estima que apenas US$ 0,25 por dia seriam suficientes para garantir a uma criança acesso a todos os nutrientes e vitaminas necessários ao crescimento saudável. Mas enquanto guerras e corrupção grassam pelo planeta, quantas são as manifestações efetivas – e não conduzidas por grupos temáticos e pontuais – que observamos e são divulgadas pela mídia com intuito de mitigar fatos como estes?

Como tantos outros, guardo luto pelas famílias das vítimas do Charlie Hebdo. Mas há um terrorismo silencioso, constante e disseminado em nossa sociedade que carece de maior atenção, divulgação e ação. E as vítimas também são Charlie.

Tom_Coelho

Aplicando 5S na vida pessoal

 

 por Tom Coelho

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustăo.
Doze meses dăo para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovaçăo e tudo começa outra vez,

com outro número e outra vontade de acreditar,

que daqui para diante vai ser diferente.”

(Carlos Drummond de Andrade)

 

 

Agora que você já fez a famosa contagem regressiva, bebeu champanhe, cumprimentou amigos e familiares, fez ótimas refeições e dormiu bastante, bem-vindo de volta ao cotidiano.

 

Para algumas pessoas, não passou de um dia como outro qualquer, uma passeadinha a mais dos ponteiros nos relógios, exceção feita a uma mesa mais farta e ao final de semana prolongado.

 

Todavia, prefiro seguir Drummond, aproveitando a magia do momento para refletir sobre os últimos 12 meses, repensar sobre os objetivos e metas traçadas, e recomeçar a luta e a caminhada.

 

Em Administração, utilizamos um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5S”. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.

 

Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamental, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente.

 

Praticar os 5S significa:

 

  • Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias;
  • Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;
  • Seisou (senso de zelo): criar e manter um ambiente físico agradável;
  • Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva;
  • Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.

 

A aplicação dos 5S em uma empresa, em especial do setor industrial, deve ser efetuada com critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal.

 

Assim, que tal aproveitar estes primeiros dias do ano para fazer uma pequena revolução pessoal?

 

Aplique Seiri em sua casa e em seu escritório. Nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto…”, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado.

 

Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerando-os e etiquetando-os quando adequado. Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas, uma para cada assunto (água, luz, telefone…).  Estes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão como “economizadores de tempo” quando da busca por um objeto ou informação.

 

Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação.

 

Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencionados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) e seu espírito (cultive a fé) e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, e que significa controlar e manter as conquistas realizadas.

 

Faça isso e eu desafio você a ter pela frente 12 longos e prósperos meses!

Tom_Coelho

Resoluções de Ano-Novo

por Tom Coelho

 

 “Jamais haverá ano novo

se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”

(Luis de Camões)

 

 

Lembro-me de, ainda muito jovem, acompanhar pela TV, no programa Fantástico, à divulgação do resultado da Loteria Esportiva. Naquele tempo, eram 13 jogos relacionados no volante, de modo que o sonho dourado dos apostadores era “fazer os 13 pontos”.

 

Léo Batista, ainda hoje na Rede Globo, informava o placar de cada partida e, ao final, anunciava o número previsto de ganhadores com base nos cálculos do matemático Oswald de Souza. Ele quase sempre acertava.

 

O mês de dezembro marca um ritual cada vez mais comum à maioria das pessoas: estabelecer metas para o ano vindouro. As resoluções de ano-novo vão desde retomar a prática esportiva ou um curso de aprimoramento pessoal, até iniciar uma dieta ou alimentação mais saudável, passando por mudar hábitos e comportamentos.

 

Na elaboração de seu planejamento, há aqueles que buscam respaldo nas opiniões de gurus e especialistas. Assim, vemos desfilar economistas com suas previsões para a taxa do câmbio, a cotação do barril do petróleo e a evolução do PIB; astrólogos e tarólogos apresentam suas expectativas com relação a conquistas esportivas, óbitos e casamentos de celebridades.

 

Oswald de Souza costumava acertar porque esta é a beleza da estatística: basta manipular os cálculos, mexendo no intervalo de confiança, para obter uma amplitude de valores que corroborem suas ideias.

 

Há tempos não vejo economistas acertarem suas previsões e os futurólogos de plantão eventualmente logram êxito, pois são tantas as especulações que acabam por atingir o alvo vez por outra.

 

Bom seria se as pessoas deixassem de dar ouvidos a estes agiotas de ideias e passassem a considerar suas próprias reflexões, lastreadas em seu contexto particular e experiência individual.

 

Melhor ainda seria substituir as resoluções natalinas por decisões diárias, constantes e consistentes, para construir continuamente um presente e um futuro melhor.

 

Este é meu desejo a você. Que possa mudar por si mesmo, mudar para melhor, e mudar hoje. Amanhã, pode não haver tempo ou espaço para um novo ano.

 

Tom_Coelho

 

Chega de angústia

 

por Tom Coelho

 

“Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho;

nós mudamos nos encontros.”

(Roberto Crema)

 

 

Eu poderia desejar-lhe um tradicional “Feliz Natal”, mas isso garantiria não mais do que dois dias de felicidade. Já votos protocolares de “Boas Festas” se estenderiam por apenas uma semana. Por isso, quero desejar a você algo capaz de perdurar por todo um ano: chega de angústia!

 

Ansiedade e angústia tornaram-se companheiros indesejados. A ansiedade representa um estado de impaciência, de inquietação, um desejo recôndito de antecipar uma decisão, de abreviar uma resposta, de aplacar expectativas.

 

A angústia é uma sensação de desconforto, um mal-estar físico que oprime a garganta, comprime o diafragma, acelera o pulso, e um mal-estar psíquico que aflige, agoniza, atormenta.

 

A ansiedade é um tempo que não chega; a angústia, um tempo que não vai embora.

 

Amantes que aguardam pelo encontro é ansiedade; relacionamentos desgastados que não terminam é angústia. O prenúncio do final de semana para um pai divorciado é ansiedade; a despedida dos filhos no domingo é angústia. A espera pelo resultado de um concurso é ansiedade; ter seu nome classificado em uma lista de espera é angústia. A expectativa do primeiro dia de trabalho é ansiedade; o fim do expediente que demora é angústia.

 

Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrar a quem não gostamos uma pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. E angustiante.

 

Muitas são as pessoas que nos angustiam com suas argumentações, pleitos ou mera presença. O telefone toca e ao identificar o número você hesita em atender. Uma visita é anunciada e sua vontade é simplesmente mandar dizer que não está.

 

De tanto cultivar a ansiedade, de tanto se permitir a angústia, colhemos a depressão. Então lançamos mão de um comprimido de Prozac e fingimos estar tudo bem.

 

Por isso, meu convite é para que você dê um basta em sua angústia. Demita de sua vida quem e o que não lhe faz bem. Pode ser um cliente chato ou um fornecedor desatencioso; um amigo supostamente leal, porém, na verdade, um interesseiro contumaz; ou um amor não correspondido.

 

Tome iniciativas que você tem protelado. Relacione tarefas pendentes e programe datas para conclusão. Limpe gavetas, elimine arquivos desnecessários. Revise sua agenda de contatos e sua coleção de cartões de visita, rejeitando quem você nem mais conhece – e que talvez nunca tenha conhecido.

 

Vá ao encontro de quem você gosta para demonstrar-lhe sua afeição. Peça perdão a quem se diz magoado com você, mesmo acreditando não tê-lo feito. Ofereça flores, uma canção, um abraço e um aperto de mãos. Ofereça seus ouvidos e sua atenção.

 

A vida é breve e parece estar cada vez mais curta porque o tempo escorre-nos pelas mãos.  Compromissos inadiáveis, reuniões intermináveis, trânsito insuportável. Refeições em fast food, decisões fast track, relacionamentos fast love. Cotidiano que sufoca, reprime, deprime.

 

Caminhar pelas ruas, admirar a lua, contar estrelas, observar o desenho que as nuvens formam no céu. Encontrar amigos, saborear os alimentos, apreciar os filhos. Escolha ficar mais leve, viver com serenidade. Libere o peso angustiante que carrega em suas costas. Viva, não apenas se deixe viver.

 

Tom_Coelho

O RH tem futuro? Depende

 

Hoje quando lia a edição da “Revista VOCE RH” que traz na capa um questão sobre o futuro da área eu me lembrei de um vídeo sobre o mesmo assunto em que o pai da administração moderna, Peter Drucker, fazia uma previsão pessimista se o setor continuasse a fazer festinhas e distribuir jornaizinhos internos para seus funcionários.

Na Revista, quem coloca mais lenha na fogueira é o guru da administração moderna Ram Charam que diz que a área está se tornando obsoleta e vai desaparecer se continuar com práticas que infatilizam as pessoas nas organizações.

Consegui destacar 6 pontos na revistas que pode nos ajudar a pensar o debate.

1. O RH deveria dividir-se em duas áreas, com gestão sob comandos diferentes. A área de compensação (Departamento Pessoal) deveria ficar sob a gestão da área administrativa ou financeira. O gestor de RH dedica 75% do seu tempo a cuidar dessas rotinas. Mas o Diretor de RH da Tigre diz que essa é uma área estratégica também;

2. O RH Liderança e Organização deveria ficar ligado ao Presidente da empresa e nestas áreas deveriam ter pessoas com formação em negócios. Mas alguns presidentes dizem que os psicólogos são os mais preparados para escutar, mediar e perceber a sensibilidade que permeia as relações e o desenvolvimento entre as pessoas;

3. O RH deve junto ao Presidente olhar a corporação como um todo, mas quem deve fazer acontecer é cada um na sua área;

4. Deveria existir uma área para fazer pesquisas sobre o que há de mais moderno nas práticas de gestão de pessoas no mundo e depois implantar as melhores nas empresas;

5. David Ulrich diz que o quarto estágio do RH é alinhar as práticas de gestão de pessoas as expectativas dos consumidores, dos investidores e da sociedade de maneira geral;

6. Criação de times de projetos sem hierarquia, totalmente flexíveis e com autonomia para pessoas e equipes.

 

Fonte: https://gesto21.wordpress.com/

O RH tem futuro?

Por Joel Solon para http://www.administradores.com.br/

Do jeito que está não, mas pode se reinventar e assumir o seu papel de comprador e mantenedor do ativo mais valioso da organização: as pessoas e o conhecimento que elas detêm.

Ram Charam, uma referência mundial de gestão afirmou que os gerentes de RH não estão conseguindo relacionar o RH às necessidades de negócio do mundo real da sua organização. E sugere partir o RH em dois, um que faz aquelas funções cartoriais que conhecemos muito bem no Brasil e chamamos de Departamento Pessoal, e um novo, estratégico, com gente de fora e que seja capaz de identificar a necessidade de talentos da organização e ir buscá-los, independentemente de onde estejam.

Imagine se até nos Estados Unidos os RH cuidam de funções burocráticas e operacionais em 75% do tempo, e nós brasileiros? Mais de 95% do tempo?

Isto induz a nova questão: precisa deixar de existir ou pode e deve ser terceirizado em CSCs – Centros de Serviços Compartilhados, uma vez que o seu trabalho é composto de procedimentos formais e legais padronizados e repetitivos que na maior parte das vezes pode ser automatizado? Pra pensar.

Num modelo ideal em que todos os gestores assumam a sua responsabilidade como gestor de pessoas e que a parte de remuneração, compensação e benefícios esteja automatizada, a resposta é sim. Então, quem precisa de Departamento Pessoal?

Mas vamos ao contraponto de David Ulrich, que acredita em algo maior. Ele acha que o RH vai caminhar para o seu quarto estágio evolutivo, assumindo a sua função estratégica de alinhar as práticas de gestão da organização às expectativas e necessidades dos seus clientes e dos interessados diretos e indiretos na existência e nos resultados da organização. E Ulrich parte da premissa de que o negócio do RH é o próprio negócio. E por isto seria imprescindível.

O RH vai ter que escolher, e rápido. Se continuar como está e sem agregar valor para a organização tende a ser terceirizado ou engolido por outra área.

Mas se reagir e parar de olhar só pra dentro e passar a olhar para fora e de fora para dentro, entender que o mundo está mudando muito mais rápido e conseguir acelerar a busca e a retenção de conhecimento na organização, jamais deixará de existir, como talvez se transforme na área mais importante da organização.

Vamos esperar pra ver.

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-rh-tem-futuro/82727/

 

Veja também a matéria publicada: http://corall.net/novaeconomia/blog/o-rh-tem-futuro/

 

RH Estratégico – Criando o RH dos sonhos

As novas demandas são de um RH mais orientador, apoiador e descentralizado, indicando uma transição estrutural e de comportamento, tanto da área quanto dos usuários internos.

As bases para resultados sustentáveis são fortalecidas com a implantação de estruturas e processos avançados de Gestão de Pessoas e Competências: estratégias e diretrizes, avaliação e acompanhamento de desempenho, sistema de comunicação empresarial, sistemas de T&D, atração e seleção de pessoas, remuneração, retenção, entre outras, assegurando integração com as estratégias organizacionais e o retorno dos investimentos nesta área.

 

Tipicamente um projeto desse tipo envolve as seguintes atividades:

a) Entrevistas com líderes da empresa, para familiarização da situação atual e expectativas

b) Exame do material da empresa: perfil do pessoal, procedimentos existentes, políticas e práticas, etc.

c) Preparo do “Plano Estratégico de RH”

d) Reunião com Direção para apresentar situação atual, visão de futuro e tomada de decisões sobre as ações estratégicas de RH

e) Relatório do “Plano Estratégico de RH”, composto por:

• Diagnóstico da situação atual.

• Estrutura e perfil da empresa e da área de RH.

• Políticas e diretrizes da área.

• Atuação das lideranças nos assuntos de RH.

• Recrutamento e Seleção.

• Treinamento e Desenvolvimento.

• Salários e Benefícios.

• Administração de Pessoal.

• Relações Trabalhistas e Sindicais.

• Plano de Carreira.

• Avaliação de Desempenho.

• Sistemas de Informação de RH.

• Visão de futuro e objetivos de curto e longo prazo.

• Prioridades, ações e cronograma.

 

O “Modelo Estratégico de Gestão de Pessoas e Competência” é ajustado às características de cada organização, em geral baseado nos seguintes pontos:

• A atuação da área de Gestão de Pessoas para que seja estratégica.

• Todas as posições de liderança passam a exercer mais eficazmente o seu papel de gerenciar pessoas. Todo gestor é também um gestor de pessoas.

• O RH Estratégico deve ter três focos simultâneos: Resultados, Pessoas e Inovação. Deve contribuir para:

• Os resultados da organização.

• O clima interno, gerando estímulos a um excelente desempenho individual e em equipe.

• Maior abertura à autonomia, inovação, flexibilidade, para atender às demandas dos clientes.

 

O Sistema Boog de Consultoria orienta o projeto, criando condições para que a organização possa, na maior extensão possível, conduzir por conta própria as atividades do RH Estratégico.

 

Fonte: http://www.boog.com.br/nossos-servicos/processo/rh-estrategico/