A pior pessoa define o que é aceitável

Sabe quando aquela pessoa chega atrasada na reunião ou não entrega um projeto no prazo? Pois é, essas atitudes podem influenciar o comportamento do restante do seu time, e para pior!

Em todo grupo de pessoas, seja em uma organização, um time ou um projeto, existe uma forte tendência à conformidade e ao comportamento em grupo. Os seres humanos são animais gregários e tendemos a querer nos comportar como o restante do grupo, gerando o chamado GroupThink — que faz com que que as pessoas tomem decisões ou ações com as quais dicordariam individualmente.

Por isso, a pior pessoa do time define o que é aceitável.

A pior pessoa define qual é o comportamento mínimo para ser aceito no grupo. Quando uma pessoa sempre chega atrasada, não entrega resultados, trata mal os clientes ou colegas e nada acontece, a organização está legitimando esse comportamento. Se essa pessoa pode se comportar assim, então todos podem.

O pior comportamento passa a ser o nível mínimo de exigência, puxando todos para baixo. É impossível atingir a excelência ou construir uma cultura de alto desempenho sem eliminar os comportamentos inapropiados.

A “Teoria das Janelas Quebradas” foi chave para a redução do crime em Nova Iorque. George Killing e James Wilson identificaram, em 1982, que em bairros onde havia janelas quebradas, em pouco tempo mais janelas seriam quebradas também, espalhando coisas piores. Eliminar as ofensas menores, como pichações no metrô, foi fundamental para gerar a grande queda de criminalidade em Nova Iorque, começando pelo metrô.

O mesmo princípio afeta sua organização. Pergunte-se:

  • Quais são as janelas quebradas do seu time?
  • Quais são as “pichações” que você deixa acontecer na sua empresa?
  • Você está legitimando algum comportamento inapropriado?

Mau comportamento é mais forte que o bom

O pesquisador Andrew Miner descobriu que as interações negativas com o chefe e seus colegas tinham cinco vezes mais impacto no humor dos funcionários do que as interações positivas. Por isso, não basta tentar imitar o bom comportamento, o mau comportamento deve ser eliminado.

Os professores de Stanford Huggy Rao e Robert Sutton, autores do livro Potencializando a Excelência, escrevem:

Estudos de caso e pesquisa acadêmica mostram que se você quer criar e espalhar excelência, eliminar o negativo é a prioridade máxima. Comportamento destrutivo — egoísmo, medo, preguiça, desonestidade e comportamento desagradável em geral — tem muito mais efeito do que o comportamento construtivo.

Eliminar comportamento e crenças destrutivas abre caminho para a excelência se espalhar — particularmente quando esses impedimentos confrontam com a mentalidade que propele o desempenho da organização.

A importância da consistência

A consistência entre o discurso e as ações da liderança é fundamental para conquistar e motivar o time. A diferença entre o discurso e a realidade é rapidamente descoberta pelo time, que passa a ignorar o discurso.

O ser humano busca constantemente a consistência interna. De fato, a Dissonância Cognitiva é o desconforto sentido por um indivíduo ao lidar ao mesmo tempo com duas ideias, valores ou crenças contraditórias. O desconforto faz com que a pessoa busque reduzir a dissonância, ignorando a parte inconsistente ou mudando o comportamento.

SE VOCÊ PENSA QUE VAI CRIAR UM TIME DE ALTA PERFORMANCE SOMENTE COM O DISCURSO, PENSE DE NOVO. SEUS ATOS DEVEM SER CONSISTENTES PARA QUE VOCÊ POSSA USAR A DISSONÂNCIA AO SEU FAVOR.

Criando obrigações mútuas

A atitude na liderança é chave, mas não é o bastante. Nas organizações horizontais, com times auto-gerenciados, o próprio time precisa se cobrar e se motivar. É fundamental que a equipe crie obrigações mútuas entre seus integrantes, construindo compromissos com o desempenho e com as atitudes corretas.

O próprio time deve eliminar o comportamento inadequado, seja por meio de feedback, cobrança, coaching ou mesmo desligando a pessoa. O importante é que aquele comportamento não se torne parte do dia a dia do grupo.

O livro High Stakes, No Prisoners, que conta a história de como o Frontpage foi vendido para a Microsoft, narra uma conversa com um dos engenheiros do time:

Você pode ser a pessoa que sai mais cedo, por que alguém tem que ser. Você pode ser a pessoa mais lenta para entregar, por que alguém tem que ser. Mas você não pode ser os dois.”

Eventualmente, esse engenheiro saiu da empresa. Assim como esse time, seu negócio também precisa eliminar o mau comportamento e definir novos padrões de desempenho. E, sem mudar a pior pessoa, isso não é possível.

Artigo de Felipe Castro, sócio da Lean Performance, publicado originalmente no site da Endeavor Brasil 

Fonte: https://endeavor.org.br/comportamento-define-o-que-e-aceitavel/

 

Por que implantar a gestão por competências?

Vantagens de se implantar a gestão por competência e a gestão de carreira dentro de uma organização.

A gestão por competência tem como objetivo preparar as empresa para obterem sucesso em um mercado totalmente aberto e competitivo

Com a abertura dos mercados, onde a concorrência se torna mais acirrada, o foco das empresas passa a ser a satisfação do cliente, esse novo comportamento tem um reflexo imediato na relação da empresa com os seus funcionários, pois para atingir seus objetivos é preciso mais que novas tecnologias, torna-se necessário uma gestão toda voltada para resultados, onde todos são responsáveis para alcançar os objetivos.

Para a implementação de uma gestão por competências a empresa precisa identificar quais as suas competências essenciais e desenvolve-las de forma a aproveitar todos os potenciais de seus funcionários agregando valor e aproveitando as oportunidades do mercado.

É preciso ter consciência que o conceito de competência é dinâmico, competências valorizadas atualmente podem perder sua importância, devido ao surgimento de inovações tecnológicas ou a simplesmente mudanças nos objetivos organizacionais. Com isso o desenvolvimento de competências essenciais requer aprendizagem organizacional e atualização contínua.

Com isso a remuneração por competências torna-se uma ferramenta indispensável para as empresas se manterem no mercado de forma competitiva. Pois o foco é o funcionário e não mais o cargo, os salários podem variar de acordo com os resultados gerados por cada um.

Dessa forma a gestão por competência tem que partir de um planejamento estratégico da organização que deve direcionar as ações de captação e seleção, treinamento e gestão de carreira de seus colaboradores visando a atingir seus objetivos e metas. Ela torna-se necessária quando a organização tem como objeto integrar o modelo de gestão de pessoas a estratégia da organização.

Entretanto para a implementação dessa gestão é preciso realizar o mapeamento das competências e identificar as lacunas entre as competências necessárias para atingir os objetivos estratégicos da organização e as competências internas já existentes.

A identificação da lacunas só se torna possível quando a organização conhece as suas competências internas e deve ter como objetivo eliminá-las ou de minimizá-las, aproximando ao máximo as competências existentes das necessárias para o alcance dos objetivos institucionais.

Com a identificação das lacunas de competência, as empresas podem desenvolver melhor as respostas sobre os desempenhos dos seus colaboradores orientando na busca por desenvolvimento e o crescimento profissional de cada um.

O que se pode perceber é que a gestão por competência vem agregar formas de avaliação e mensuração dos resultados almejados pelas organizações através da análise e observação dos resultados gerados pelos seus colaboradores e em contrapartida, as empresa remuneram esses funcionários de forma que estimulem o crescimento individual e consequentemente da organização.

Sendo assim a gestão por competências é uma ferramenta necessária para que a organização esteja preparada para os desafios impostos pela situação mercadológica atual. Onde as inovações e as ofertas se modificam a cada momento. Somente através de uma gestão que busque melhoria contínua as empresas poderão se manter no mercado de forma competitiva.

Na gestão por competências os colaboradores se tornam responsáveis pelo sucesso da organização, passam a ser mais que meras peças no processo produtivo, passam a ser artesões de novas formas de atingir os objetivos pré estabelecidos, ou melhor, planejados pelas organizações.

Elisangela Carvalho
Administradora

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-que-implantar-a-gestao-por-competencia/34828/