Conselhos e Críticas

“Existem duas situações em que os conselhos são bem vindos: Quando for questão de vida ou morte ou quando for solicitado”.

Este provérbio oriental nos dá uma ideia dos grandes “males” que o conselho desproporcional à circunstância pode provocar.

Na maioria das vezes, sem perceber e em muitos casos sem intenção, no afã de colaborar, “soltamos” alguns “sábios” conselhos às pessoas que não pediram nossa opinião e nem estão preparadas para ouvir.

Você já percebeu que muitas situações ficaram ainda piores depois que alguém dá um conselho? Isso acontece porque é muito difícil opinar quando não estamos vivenciando a mesma realidade do outro. Ouvir uma versão unilateral da estória, na maioria das vezes, carregada de emoção, mágoas ou incertezas, não nos capacita a agirmos como conselheiros.

Isso não significa que você não possa opinar. Quero dizer que devemos ter bom senso. Será que meu conselho edificará ou servirá apenas para “colocar mais lenha na fogueira”? A solução que proponho é realmente a melhor? E mais: É realmente necessário aconselhar?

A mesma observação estendo às críticas.

Com o nome de “críticas construtivas”, muitos aproveitam para “derrubar” projetos, vontades e sonhos de outros. Será que a crítica construtiva realmente existe? Só se constrói algo quando o emissor propõe melhorias ao receptor, edifica e estimula os ânimos, auto estima e confiança.

O grande problema está também no “exagero da dose” de quem critica. Muitos deixam de lado a sutileza e bombardeiam pesadas críticas contra a vítima.

Certa vez vi um chefe fazer uma “crítica construtiva” a um de seus subordinados mais ou menos assim: – Acho que desse jeito que você fez não ficou bom. Você é capaz de fazer melhor. Ficou realmente ridículo. Parece que você não se esforçou o quanto podia e trabalhou com má vontade. Está ruim mesmo…

Analise a frase acima. Onde está a parte “construtiva” da crítica? Certamente o chefe se “empolgou” com seu discurso e simplesmente destruiu o sentimento de auto realização e criatividade do funcionário.

Assim sendo, proponho que você reflita acerca dos conselhos que você dá e das críticas que você faz. Pense muito antes de emitir quaisquer comentários desse tipo. Afinal, até na intenção de ajudar…podemos atrapalhar.

clube_autor_marcelo_de_elias

Como implantar o RH Estratégico

Como tanto se fala, o RH Estratégico tem se mostrado como o modelo ideal de ação para Recursos Humanos. Ele é articulado e conhecedor da estratégia da empresa. Tem foco em resultados mensuráveis e consegue agregar valor ao negócio e às pessoas. Tem assento nas mesas de discussões estratégicas para traduzi-las aos funcionários e também para o fluxo inverso, entendendo as necessidades deles e levando à direção. Sua visão vai além das atividades e processos de Recursos Humanos.

Para isso, deve ser elo entre a estratégia da empresa e das pessoas de forma equilibrada. Sem o equilíbrio entre estratégia e pessoas, corre-se o risco do RH focar somente as políticas da empresa e criar regras para controlar as ações dos funcionários. Se aproximar da estratégia e distanciar das pessoas perde o senso de realidade, correndo o risco de implantar algo sem sentido, além de ser visto como arrogante. Se aproximar das pessoas e distanciar da estratégia, passa a ter boa receptividade delas, mas as ações perdem em resultado.

Mas para implantar o RH Estratégico não é tão simples nem tem fórmulas mágicas, mas temos uma sugestão de etapas a serem seguidas, pela ordem:

 

1) Verifique a disposição e capacitação da equipe de RH

– Avalie se a equipe de RH está disposta e se possui competências necessárias para atuar estrategicamente;

– Capacite a equipe em assuntos estratégicos, porém específicos de RH como mensuração em Recursos Humanos, desenvolvimento de lideranças, consultoria interna, gestão de competências etc.;

– Sensibilize a equipe para a necessidade da mudança. Faça reuniões, mostre benchmarkings, ouça as opiniões etc.;

– Envolva a equipe de RH no desenho das estratégias de RH. Todos devem participar com ideias e na elaboração das estratégias e planos de ação.

 

2) Busque o alinhamento estratégico

– Defina com clareza a estratégia de negócios. Busque entender quais são as metas e objetivos da empresa;

– Entenda o mapa estratégico da sua empresa ou, se não houver, esboce um mapa estratégico. Pesquise o mapa estratégico de sua empresa ou, caso não possua, projete um mapa estratégico considerando as dimensões relativas às finanças, clientes, processos internos e pessoas. Para isso é necessário perguntar a alguns gestores;

– Identifique as ações de RH dentro desse “mapa estratégico”. Com base no mapa estratégico, avalie quais ações de RH contribuem para os objetivos da empresa.

 

3) Elabore o planejamento estratégico do RH

 

4) Dê atenção aos processos e aos resultados mensuráveis

– Escolhas os projetos (treinamentos, avaliações, programas, etc.) com forte apelo estratégico e desenvolva metodologia capaz de medir os resultados. Sugere-se a metodologia de Donald Kirkpatrick ou a de Jack Phillips;

– Crie um placar com os principais indicadores de RH e acompanhe, junto com a equipe de RH, periodicamente;

– Dê prioridade, caso a empresa possua, aos indicadores utilizados no BSC.

 

5) Atue proativamente através de projetos de consultoria interna de RH

– Com base nas ações devidamente identificadas como prioritárias, o RH deve oferecer projetos para a melhoria dos resultados. Os bons temas a serem trabalhados costumam ser: Incômodos diversos dos gestores e da empresa, oportunidades estratégicas do negócio, gestão de talentos, gestão de clima, cultura e processos de mudança e desenvolvimento de gestores líderes.

– Para estes projetos, estruture metodologias de mensuração dos resultados. Isso ajudará o RH a perceber a eficácia de suas ações além de ter mais condições de mostrar a seus clientes internos os impactos dessas iniciativas.

 

6) Revise sua atuação e continue o desenvolvimento da equipe de RH.

– Para a melhoria contínua do RH, este deverá periodicamente avaliar sua forma de atuação, seu planejamento estratégico e os impactos no negócio. Isso deve ser um processo contínuo;

– Reúna a equipe, no mínimo trimestralmente, e faça a análise crítica do RH. Avalie se as ações estão sendo bem executadas e se estão atingindo os resultados desejados. Reveja os planos e as metodologias de mensuração;

– Revise as competências necessárias para a equipe e continue o processo de desenvolvimento dos profissionais de RH.

 

Sucesso!

clube_autor_marcelo_de_elias

O que é o RH Estratégico? Quais são as características e ações?

Marcelo de Elias, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas fala um pouco sobre RH ESTRATÉGICO, um dos temas que esse palestrante tem apresentado e defendido em diversos artigos e livro. O que é o RH Estratégico? Quais são as características e ações? Essas são as perguntas que o levarão a compreender o tema.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YrUPnNcV kt8