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São Paulo – No mês passado, após procurar por seis meses, um grande banco brasileiro encontrou um especialista em inovação. A quantidade de coisas que esse executivo precisa saber para desempenhar sua função é irreal: medir o grau de confiança da marca, criar interações, conexões e reciprocidade com os clientes, aplicar a gestão da inovação e a gestão do conhecimento para fazer fluir as informações.
Ele também deve entender de ética, tecnologias sociais e sustentabilidade. E fazer o trabalho com prazer e prezar a saúde mental e espiritual. Obviamente, o banco exigiu demais. Muitas vezes, as empresas procuram profissionais que não existem.
Apesar de exagerado, esse caso serve para mostrar que as companhias estão atrás de pessoas capazes de organizar ideias complexas e que tenham valores pessoais nobres. Os negócios vão precisar cada vez mais de gente assim. E isso não é tarefa para super-homens, mas para pessoas reais.
Procure ser um profissional preocupado com inovação e ética. Enxergue o lucro a partir da sabedoria das multidões. Pense, por exemplo, na ética do cuidado. Esse é o princípio embutido na ideia do empresário brasileiro criador de um aplicativo que ajuda motoristas a encontrar uma vaga de forma rápida e fácil, por meio de dicas de outros usuários. A ética do cuidado se sobrepõe ao antigo jeitinho brasileiro de estacionar “só 5 minutos” na vaga de deficiente.
E quais são os valores, as moedas de troca, do ambiente em que esse profissional vai construir sua carreira? Um deles é o altruísmo, praticado pela via da democratização do acesso à informação. Gunilla Carlsson, ministra para a Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da Suécia, fez em abril um discurso no qual compara a importância da internet à da água.
“Devemos garantir que todo mundo tenha mais do que suficiente dos dois”, disse a política. Isso é um exemplo do amadurecimento da sociedade digital. Compartilhar informação é praticar cidadania. Outro valor é o otimismo. Já vemos marcas influenciando ambientes por meio da abordagem positiva.
Como a marca de bebidas que instala na Universidade Nacional de Cingapura uma máquina em que, para pegar um refrigerante, tudo o que você precisa fazer é abraçá-la. O desenvolvimento do país depende de mentes brilhantes imbuídas de ética, altruísmo e otimismo. E você, vai ficar de fora? Corra e agarre seu novo trabalho com prazer e, por que não, pitadas de lazer.
http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/167/noticias/os-valores-profissionais
O mundo corporativo ainda está na infância da era digital e precisa entender a importância da economia colaborativa e do conhecimento coletivo, pois estão desperdiçando valores. A opinião é do professor de cultura digital Gil Giardelli, entrevistado do programa Mundo Corporativo, da rádio CBN., que escreveu o livro “Você é o que você compartilha — como aproveitar as oportunidades de vida e trabalho na sociedade em rede” (Editora Gente). Giardelli conta que “jovens talentos têm deixado os empregos porque descobrem que o seu celular é mais conectado do que a sua empresa”.
CBN – Mundo Corporativo: Entrevista com Gil Giardelli.
“A mudança é tudo aquilo que vai acontecer externamente na vida do indivíduo; e transição, aquilo que vai precisar acontecer de transformação dentro dele: valores, crenças, hábitos. E essa é a parte mais difícil para viver, tanto quando você tem de se transformar dentro da mesma empresa, como quando você vai de uma para outra empresa. As pessoas não resistem tanto a mudanças, resistem mais a transição”. É o que diz o consultor Rogério Chér, autor do livro “Todo novo começo surge de um antigo começo” (Editora Évora), em entrevista ao programa Mundo Corporativo, da rádio CBN, na qual apresenta estratégias que podem ajudar o profissional a enfrentar processos de transformação.
CBN – Mundo Corporativo: Entrevista com Rogério Chér.
Matéria sobre a NR 12 do Ministério do Trabalho e Emprego intitulada “Serve na Europa. Não no Brasil” publicada na Revista Exame de 30.04.2014, edição 1064.