O RH tem futuro? Depende

 

Hoje quando lia a edição da “Revista VOCE RH” que traz na capa um questão sobre o futuro da área eu me lembrei de um vídeo sobre o mesmo assunto em que o pai da administração moderna, Peter Drucker, fazia uma previsão pessimista se o setor continuasse a fazer festinhas e distribuir jornaizinhos internos para seus funcionários.

Na Revista, quem coloca mais lenha na fogueira é o guru da administração moderna Ram Charam que diz que a área está se tornando obsoleta e vai desaparecer se continuar com práticas que infatilizam as pessoas nas organizações.

Consegui destacar 6 pontos na revistas que pode nos ajudar a pensar o debate.

1. O RH deveria dividir-se em duas áreas, com gestão sob comandos diferentes. A área de compensação (Departamento Pessoal) deveria ficar sob a gestão da área administrativa ou financeira. O gestor de RH dedica 75% do seu tempo a cuidar dessas rotinas. Mas o Diretor de RH da Tigre diz que essa é uma área estratégica também;

2. O RH Liderança e Organização deveria ficar ligado ao Presidente da empresa e nestas áreas deveriam ter pessoas com formação em negócios. Mas alguns presidentes dizem que os psicólogos são os mais preparados para escutar, mediar e perceber a sensibilidade que permeia as relações e o desenvolvimento entre as pessoas;

3. O RH deve junto ao Presidente olhar a corporação como um todo, mas quem deve fazer acontecer é cada um na sua área;

4. Deveria existir uma área para fazer pesquisas sobre o que há de mais moderno nas práticas de gestão de pessoas no mundo e depois implantar as melhores nas empresas;

5. David Ulrich diz que o quarto estágio do RH é alinhar as práticas de gestão de pessoas as expectativas dos consumidores, dos investidores e da sociedade de maneira geral;

6. Criação de times de projetos sem hierarquia, totalmente flexíveis e com autonomia para pessoas e equipes.

 

Fonte: https://gesto21.wordpress.com/

O RH tem futuro?

Por Joel Solon para http://www.administradores.com.br/

Do jeito que está não, mas pode se reinventar e assumir o seu papel de comprador e mantenedor do ativo mais valioso da organização: as pessoas e o conhecimento que elas detêm.

Ram Charam, uma referência mundial de gestão afirmou que os gerentes de RH não estão conseguindo relacionar o RH às necessidades de negócio do mundo real da sua organização. E sugere partir o RH em dois, um que faz aquelas funções cartoriais que conhecemos muito bem no Brasil e chamamos de Departamento Pessoal, e um novo, estratégico, com gente de fora e que seja capaz de identificar a necessidade de talentos da organização e ir buscá-los, independentemente de onde estejam.

Imagine se até nos Estados Unidos os RH cuidam de funções burocráticas e operacionais em 75% do tempo, e nós brasileiros? Mais de 95% do tempo?

Isto induz a nova questão: precisa deixar de existir ou pode e deve ser terceirizado em CSCs – Centros de Serviços Compartilhados, uma vez que o seu trabalho é composto de procedimentos formais e legais padronizados e repetitivos que na maior parte das vezes pode ser automatizado? Pra pensar.

Num modelo ideal em que todos os gestores assumam a sua responsabilidade como gestor de pessoas e que a parte de remuneração, compensação e benefícios esteja automatizada, a resposta é sim. Então, quem precisa de Departamento Pessoal?

Mas vamos ao contraponto de David Ulrich, que acredita em algo maior. Ele acha que o RH vai caminhar para o seu quarto estágio evolutivo, assumindo a sua função estratégica de alinhar as práticas de gestão da organização às expectativas e necessidades dos seus clientes e dos interessados diretos e indiretos na existência e nos resultados da organização. E Ulrich parte da premissa de que o negócio do RH é o próprio negócio. E por isto seria imprescindível.

O RH vai ter que escolher, e rápido. Se continuar como está e sem agregar valor para a organização tende a ser terceirizado ou engolido por outra área.

Mas se reagir e parar de olhar só pra dentro e passar a olhar para fora e de fora para dentro, entender que o mundo está mudando muito mais rápido e conseguir acelerar a busca e a retenção de conhecimento na organização, jamais deixará de existir, como talvez se transforme na área mais importante da organização.

Vamos esperar pra ver.

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-rh-tem-futuro/82727/

 

Veja também a matéria publicada: http://corall.net/novaeconomia/blog/o-rh-tem-futuro/