13/07 – Palestra: “Os pilares da gestão Disney aplicados ao RH” com Erik Penna

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

 

Líderes que inspiram e transformam pessoas e resultados, este é o pilar básico da gestão de excelência Disney.

Nesta palestra Erik Penna apresenta diversas práticas que esta organização tão vencedora aplica e que o RH também pode fazer para motivar, engajar e encantar clientes internos e externos.

Penna é um apaixonado pela Disney e após intensa pesquisa literária, curso com o Instituto Disney e diversas visitas aos parques temáticos, preparou essa palestra brilhante recheada de histórias, experiências, reflexões e exemplos práticos para você também encantar e surpreender seus clientes internos e externos.

 

Principais assuntos abordados

  • Os 4 pilares da gestão Disney
  • As 7 lições de ouro da excelência
  • O treinamento como ferramenta de desenvolvimento
  • A Paixão que contagia: Contratamos atitude e treinamos habilidades?
  • Conceito de Show: A diferença entre Funcionários e Membros do Elenco
  • Atenção aos detalhes
  • Como motivar e surpreender nos 365 dias do ano?

 

 “Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor”. (Walt Disney)

 

ERIK PENNA v2Erik Penna é palestrante internacional, há mais de 13 anos focado no mercado de treinamentos, já realizou palestras em todos os estados do Brasil, Estados Unidos e Portugal.

Autor de vários livros e DVDs de sucesso.

Selecionado entre os 25 Gigantes da Motivação no Brasil pela Landscape e entre os 30 maiores especialistas em vendas do país pela VendaMais na obra Gigantes.

Palestrante que aborda com maestria os seguintes temas: Atendimento, Motivação, Vendas, Liderança e Empreendedorismo.

 

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13/07 – Palestra: “RH Educador – A evolução da gestão de pessoas” com Tom Coelho

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

Temas abordados:

Apagão da mão de obra, Cenários, Clima organizacional, Comprometimento, Conflito de gerações, Crédito consignado, Cultura organizacional, Desenvolvimento organizacional, Desigualdades sociais, Diversidade, Educação financeira, Equilíbrio vida pessoal e profissional, Geração Y e Z, Gestão de pessoas, Gestão participativa, Governança corporativa, Inclusão, Inspirar pessoas, Meio ambiente, Missão, visão e valores, Motivação, Mudança, Paixão, Prevenção de acidentes, Propósito, Qualidade de vida, Recursos humanos, Remuneração e benefícios, Responsabilidade social, Sustentabilidade, Treinamento e desenvolvimento, Zero acidente

Diante de uma ordem econômica mundial segundo a qual o setor público socorre empresas deficitárias enquanto a iniciativa privada assume as responsabilidades sociais inerentes ao Estado, o RH assume um papel de protagonista no cenário corporativo.

 

Objetivos:

Situar a área de gestão de pessoas dentro de um contexto histórico ao longo dos últimos 50 anos;

Debater a evolução do conceito e das práticas relacionadas ao RH, apontando novos caminhos e tendências relacionadas à gestão de pessoas;

Apresentar um conceito inovador de gestão de pessoas voltado ao desenvolvimento humano sob uma perspectiva holística.

 

Conteúdo referencial:

•A evolução do RH:

  • 1ª Geração: o RH burocrático e o chefe de pessoal
  • 2ª Geração: o RH operacional e as relações industriais
  • 3ª Geração: o RH negociador e os conflitos sindicais
  • 4ª Geração: o RH gerencial e a era dos recursos humanos
  • 5ª Geração: o RH estratégico e a gestão de pessoas
  • 6ª Geração: o RH educador e o desenvolvimento humano

•A atuação do RH na promoção da saúde e da qualidade de vida

•A prevenção de acidentes e a busca do índice zero

•O equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a integração da família

•O apagão da mão de obra e a capacitação dos colaboradores

•Os caminhos para o comprometimento e a retenção dos profissionais

•A responsabilidade social, o meio ambiente e a questão da sustentabilidade

•O papel do RH na educação financeira e os riscos do crédito consignado

 

 

TOM COELHO v2Tom Coelho é formado em Publicidade pela ESPM e Economia pela USP, tem especialização em Marketing e em Qualidade de Vida no Trabalho, além de mestrado em Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente.

É empresário com 25 anos de experiência, diretor do Ciesp e da Fiesp, escritor com 8 livros publicados e artigos reproduzidos em 17 países.

Foi eleito Top5 na categoria palestrante do prêmio Top of Mind de RH 2015 e também para o Hall da Fama do Marketing, pela ABRAMARK (Academia Brasileira de Marketing).

Ministrou mais de 650 palestras sobre gestão de pessoas e negócios para um público presencial superior a 110 mil pessoas.

 

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13/07 – Palestra: “Selo Comércio Justo Brasil” com Fernando Flauto e Ricardo Yamashita

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

 

Objetivo da palestra é apresentar o Selo Comércio Justo Brasil que é um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais, ambientais e éticos, equilibrados nas cadeias produtivas, promovendo o encontro de produtores responsáveis com consumidores éticos.

O Selo Comércio Justo Brasil atesta que a empresa atende aos 7 princípios básicos:

1. Direitos Humanos

2. Gestão Sustentável do Meio Ambiente

3. Compromisso Social e Desenvolvimento

4. Relações e Condições de Trabalho

5. Governança Organizacional

6. Boas Práticas Comerciais e de Parceria

7. Relacionamento com Consumidores

 

A Palestra irá mostrar a importância da adoção do Selo, os benefícios esperados e a forma de utilização e obtenção da certificação.

 

Fernando Flauto é Administrador com 25 de experiência profissional em auditoria e governança de TI.

Trabalhou nas empresas KPMG, Grupo Votorantim, Unibanco e Trevisan Auditores; Certificações em COBIT, ISO/IEC 27.001 e PCI DSS.

Recentemente realizou diversos trabalhos para a Receita Federal em Sistemas de Alfandegamento incluindo as empresas aéreas TAM, GOL, Lufthansa, United, KLM e COPA.

 

Ricardo Yamashita é formado em Processamento de Dados pela FAAP e tem mais de 25 anos de experiência profissional.

Atua na Auditoria de Sistemas, Compliance, Controles Internos e Consultoria em Segurança da Informação.

Trabalhou na Prodesp, Ernst & Young, Unibanco, Telesp Celular, Trevisan Auditores, KPMG Auditores e Qualicorp.

 

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13/07 – Palestra: “Consultoria Interna de RH: relatos, reflexões e desafios” com Francisco Arean

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

 

Objetivos:

  • Discutir o papel do profissional de Recursos Humanos frente às necessidades e tendências atuais das organizações em Recursos Humanos
  • Analisar os diferentes papéis em Consultoria Interna de RH, exemplificando cada um deles.
  • Apresentar as principais competências requeridas para o profissional atuante como Consultor Interno de RH

 

Programa:

  • A área de RH e as atuais tendências de RH
  • Modelos de Consultoria Interna de RH
  • Como funciona a Consultoria de RH na Prática
  • Apresentação de Casos Práticos

 

FRANCISCO AREANFrancisco Arean é Consultor Organizacional e Professor Universitário em cursos de graduação e MBA, com formação em Administração de Empresas, Psicologia Organizacional, com especialização em Administração de Recursos Humanos e Especialista em Programação Neurolinguística pela SBPNL.

É especialista na apresentação de programas de treinamento em especial envolvendo a Área Gerencial, Negociação em Vendas, Subsistemas de Recursos Humanos e Liderança para Gestores de Alta Performance.

Seu foco são projetos de consultoria em Recursos Humanos e treinamentos técnico/comportamentais.

 

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13/07 – Palestra: “O Maestro e sua equipe de Sucesso” com Marco Acras

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

A palestra “O Maestro e sua equipe de Sucesso” traça um paralelo entre as habilidades de uma orquestra e seus respectivos músicos, com as competências de um executivo e sua organização.

A apresentação de exemplos de performances musicais e temas inspiracionais despertam no participante a importância de aplicar os conceitos em comum no universo da música e no mundo corporativo. Além disso, poderão vivenciar algumas experiências musicais e praticar os atributos usados numa orquestra bem-sucedida, para posteriormente poder aplicá-los em seu dia a dia na empresa.

Entre os temas abordados estão os seguintes:

  • O Sonho: o primeiro passo para um planejamento eficaz
  • Foco no Talento
  • Improviso
  • Propósito
  • Diversão
  • Comunicação Eficaz
  • Trabalho em equipe: A Sinergia na música
  • O Líder Maestro.

 

Objetivos

  • Apresentar um modelo de liderança focado em pessoas.
  • Evidenciar a importância dos objetivos trabalhados em equipe.
  • A escuta ativa e a comunicação “afetiva” para resultados efetivos.
  • A importância de estar preparado para imprevistos e desafios.

 

MARCO ACRAS v2Marco Acras é Educador musical, músico profissional e vocal Coach com mais de 20 anos de atuação em renomadas instituições de ensino musical.

Tem formação acadêmica em Direito (com atuação nas áreas do Direito Cível e Família) e Administração de empresas, com especialização (MBA) em Gestão Estratégica de Treinamento e Desenvolvimento.

É coautor do livro Treinamentos Comportamentais, publicado pela editora Ser Mais e autor de diversos artigos sobre Criatividade, Liderança e Ciências do Comportamento Humano.

 

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13/07 – Palestra: Clima e Comprometimento, Resultados que Geram Resultados com Senir Fernandez

13/07/2016 (quarta-feira)
1º Encontro do Clube de RH em Bragança Paulista/SP
Local: Instituto Mix de Profissões
Av. Antonio Pires Pimentel, 690 – Centro – Bragança Paulista – SP (Acesse o mapa aqui)

Proposta:

Apresentação de cases de sucesso onde a gestão do clima impactou no resultado, bem como no engajamento e retenção de talentos diferenciados no mercado.

 

Tópicos que serão abordados:

  • Conceito de Clima
  • Percepção, atuação e consequências
  • Clima e Comprometimento
  • Alinhamento, Motivação e Compromisso
  • A gestão do Clima por indicadores de resultados
  • Fatores de sucesso na gestão do Clima

 

Senir Fernandez

Trinta anos de experiência nas várias áreas de Recursos Humanos no Senac, Grupo Bunge & Born, Banco de Boston, Hay Group, Mercer, SARH e CODEX RH.

Formado em Letras pela FFCL-USP e em Comunicação pela ECA-USP, Pós Graduação em Comunicação (Semiologia) pela ECA-USP. Especialização em Administração de Recursos Humanos pela FGV-SP, em Treinamento e Desenvolvimento pela International Labor Organization (OIT), Turin, Itália e em Competências pela McBer-Boston – USA.

Consultor desde 1993, tendo realizado projetos em várias empresas tais como: Embraco, Electrolux, Weg, Banco Mitsubishi, RBS, Copersúcar, McDonalds, Klabin, Aracruz, Bahia Sul, CTBC, Ceval, Gessy Lever, O Globo, Vale do Rio Doce, Jansen Cilag, Tecban, Telefônica, Corn Products, Pão-de-Açúcar, Açominas, Sadia, Grupo Fleury, Procknor Engenharia, Hughes, Lojas Marisa, Takata, Elekeiroz, Bebidas Ipiranga, Cred System etc.

 

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Influência Efetiva sobre Tomadores de Decisão

Parte da liderança é influenciar os outros. Essas estratégias vão fazer o trabalho mais fácil.

Por  Marshall Goldsmith – Executive Coach, autor, orador

Você pode fazer uma diferença positiva, mesmo quando você não tem autoridade linha direta. Aqui estão 11 orientações que irão ajudá-lo a fazer um trabalho melhor de influenciar os tomadores de decisão, se estes decisores são colegas, funcionários, clientes ou colegas.

1. Cada decisão que afeta nossa vida será tomada pela pessoa que possui o poder para tanto – não a pessoa “certa”, ou a pessoa “mais inteligente”, ou a “melhor” pessoa. Procure aceitar este fato.

Por mais simples e óbvio que esta declaração possa parecer, eu fico impressionado como poucas (senão inteligentes) pessoas conseguem realmente entender isto. Quando o seu filho chega da escola e reclama “Isso não é justo! O professor me deu um ‘C’ e eu merecia ter tirado um ‘A’! ” Nós, como pais, deveríamos dizer “Bem-vindo ao mundo real, meu filho! Na vida você tem que aceitar o fato de que tomadores de decisão tomam decisões – e que nem sempre você será o tomador de decisão. ” Uma vez que nós aceitarmos em paz o fato que as pessoas que possuem o poder de tomar decisões sempre irão toma-las – deixaremos de nos lamentar de que “a vida não é justa”- nós nos tornaremos mais eficazes em influenciar os outros e provocar uma diferença positiva. Nós também nos ficaremos mais felizes!

2. Ao apresentar ideias para um tomador de decisão, perceba que é a sua responsabilidade de vender – e não a responsabilidade dele em comprar. 

De muitas maneiras, influenciar grandes tomadores de decisão é semelhante a vender produtos ou serviços para clientes externos. Eles não precisam comprar – você é que tem que vender! Qualquer bom vendedor assume a responsabilidade pela obtenção de resultados. Ninguém fica impressionado com vendedores que culpam seus clientes por não terem comprado os seus produtos ou serviços.

Embora a importância de assumir responsabilidade pode parecer óbvio em vendas externas, um número surpreendente de pessoas em grandes corporações passa inúmeras horas “culpando” a gerência por não ter comprado as suas ideias. Chris Argyris, ex-professor da Universidade de Harvard, demonstrou como um “feedback ascendente” normalmente se transforma em “transferência de responsabilidade”. Nós perdemos o poder e autonomia quando nos focamos no que os outros fizeram para que as coisas dessem errado e não no que nós poderíamos fazer para melhorar a situação.

Se nós investíssemos mais tempo no desenvolvimento das nossas habilidades de apresentar ideias, e menos tempo culpando os outros por não terem comprado as nossas ideias, muito mais poderia ser concretizado.

Uma parte fundamental do processo de influência consiste na educação dos tomadores de decisão.

Para citar novamente Drucker: “ De uma pessoa de conhecimento sempre foi esperado por assumir a responsabilidade de ser compreendida. É uma arrogância bárbara assumir que o leigo possa ou deveria se esforçar para compreender um especialista. 

Um influenciador eficiente precisa ser um bom professor. Bons professores entendem que comunicar o conhecimento é normalmente um desafio maior do que possuir o conhecimento.

3. Foque na contribuição para o bem maior – e nas necessidades do tomador de decisão – não apenas para a concretização dos seus objetivos.

Um vendedor eficiente nunca diria a um cliente: “ Você precisa comprar este produto, porque se você não comprar, eu não irei atingir os meus objetivos! ”Vendedores eficientes se identificam com as necessidades dos compradores, e não com as suas próprias necessidades. No mesmo sentido, grandes influenciadores se identificam com as grandes necessidades da organização, e não apenas com as necessidades da sua unidade ou equipe.

Quando estiver influenciando tomadores de decisão, foque no impacto da sua sugestão para toda organização. Na maioria dos casos, as necessidades da unidade e as necessidades da corporação estão diretamente interligadas. Porém, em outros casos, não. Não presuma que os executivos possam automaticamente “fazer conexão” entre o benefício para sua unidade e os benefícios para corporação maior.

4. Esforce-se para ganhar as “grandes batalhas” – não gaste a sua energia e “capacidade psicológica” em aspectos triviais. 

O tempo dos executivos é muito limitado. Faça uma análise profunda das ideias antes de “desafiar o sistema”. Não perca tempo em questões que trarão impactos insignificantes nos resultados. Concentre-se em questões que irão trazer uma diferença real. Esteja disposto a “perder” em pequenos pontos.

Seja especialmente sensível à necessidade de ganhar argumentos triviais não relacionados ao negócio, como restaurantes, equipes esportivas ou carros. As pessoas começam a se irritar com os outros para mostrar que estão “corretas” com trivialidades, deixando de considerar questões importantes voltadas aos negócios. Você está sendo pago para fazer a diferença e gerar ganho sobre questões relevantes. Você não é pago para narrar a qualidade relativa de times esportivos.

5. Apresente uma análise custo-benefício realística de suas ideias – não venda somente os benefícios.

Todas as organizações possuem recursos, tempo e energia limitados. A aceitação da sua ideia pode significar a rejeição de uma outra ideia que alguém possa considerar maravilhosa. Esteja preparado para ter uma discussão realística sobre os custos da sua ideia. Reconheça o fato de que alguma outra coisa poderá ser sacrificada para que a sua ideia seja implementada.

Ao se preparar para uma discussão realística sobre os custos, você deve “prever objeções” para a sua ideia antes que elas ocorram. Você pode reconhecer o sacrifício que mais alguém possa vir que fazer e apontar como os benefícios do seu plano podem superar os custos.

6. “Questione” questões envolvendo ética ou integridade – nunca permaneça em silencio em relação à violação da ética.

A Enron, WorldCom e outras organizações demonstraram dramaticamente como as violações éticas podem destruir até as companhias mais valiosas. A melhor das empresas pode ser severamente prejudicada por uma única violação da integridade corporativa. Com sorte, você nunca seja solicitado para fazer qualquer coisa pela gestão de sua empresa que represente uma violação da ética empresarial. Caso você seja, recuse e informe imediatamente níveis superiores sobre as suas preocupações. Essa ação necessita ser tomada para o benefício maior da companhia, dos seus clientes, dos seus colegas de trabalho e de você mesmo.

Quando contestado, tente não assumir que a gerência tenha solicitado intencionalmente para você fazer algo errado. Em alguns casos, um pedido aparentemente inapropriado pode ser meramente o resultado de um mal-entendido ou uma falha na comunicação. Tente apresentar o seu caso de forma que se destina a ser útil e não ao julgamento.

7. Entenda que pessoas poderosas são apenas “seres humanos” como você – não diga algo como: “ Estou surpreso que alguém deste nível …”

É realístico esperar que tomadores de decisão sejam competentes; não realístico esperar que eles sejam qualquer coisa além de seres humanos. Existe algum indício na história da espécie humana que demonstre que quando as pessoas atingem a um alto nível de status, poder e dinheiro, elas se tornam completamente “sábias” e “perfeitas”? Quantas vezes nós pensamos: “ Eu assumiria que alguém neste nível…” seguido de “deveria saber o que está acontecendo”, “deveria ser mais lógica”, “não cometeria aquele tipo de equívoco”, ou “ nunca teria um determinado comportamento impróprio”?

Mesmo os melhores líderes são seres humanos. Todos nós cometemos erros. Quando os seus gerentes cometem erros, foquem-se mais em ajudá-los ao invés de julgá-los.

8. Trate os tomadores de decisão com a mesma cortesia que você trata os seus clientes – não seja desrespeitoso 

Ainda que seja importante evitar lançar uma falsa lisonja para os tomadores de decisão, é tão importante quanto evitar a reação oposta. Um número surpreendente de gerentes intermediários gasta horas denegrindo a companhia e os seus executivos ou fazendo comentários destrutivos sobre outros colegas de trabalho. Quando estiver revisando o Feedback 360o dos líderes, o item “ evita comentários destrutivos sobre a companhia ou colegas de trabalho” regularmente está entre as piores pontuações de satisfação dos colegas de trabalho com seus pares.

Antes de falar é geralmente bom perguntar essas quatro questões:

  • Este comentário irá ajudar nossa companhia?
  • Este comentário irá ajudar nossos clientes?
  • Este comentário irá ajudar a pessoa com quem eu estou conversando?
  • Este comentário irá ajudar a pessoa de quem eu estou falando?

Se estas respostas são negativas, não se pronuncie! Existe uma grande diferença entre total honestidade e divulgação disfuncional. Como nós discutimos anteriormente, é sempre importante “desafiar-se” sobre questões sobre integridade. É inapropriado apunhalar os tomadores de decisão pelas costas.

9. Apoie a decisão final da organização – não diga: “Eles me obrigaram a te falar” para os seus subordinados diretos.

Assumindo que a decisão final da organização não é imoral, ilegal ou sem ética – vá e tente implementá-la! Os gerentes que falam consistentemente “Eles me obrigaram a te falar”, para os colegas de trabalho, são vistos como“mensageiros” e não como líderes. Até pior, não fale “aqueles tolos me obrigaram a te falar”. Assim, quando se demonstra uma falta de comprometimento em relação a decisão final, nós podemos sabotar as chances de uma execução efetiva.

Um simples guia de comunicação sobre decisões difíceis é se perguntar: “Como você gostaria que alguém se comunicasse com o seu pessoal, caso eles não concordassem com a minha decisão e rejeitassem ela? ” Trate os tomadores de decisão da mesma maneira que você gostaria de ser tratado caso os papéis se invertessem. Por exemplo, se você for trair o seu chefe perante seus subordinados diretos, o que você estará ensinando para estes fazerem quando discordarem de você?

10. Faça uma diferença positiva – Não tente apenas “vencer” ou “estar certo”.

Nós podemos ficar facilmente mais focados no que os outros estão fazendo de errado do que como nós poderíamos melhorar a situação. Um guia importante de influência é sempre lembrar o seu objetivo – o de fazer uma diferença positiva para as organizações.

As corporações são diferentes do que as instituições acadêmicas. Na última, o objetivo pode ser o compartilhamento de ideias, sem a necessidade de proporcionar um impacto geral. Horas em debates amargos podem ser perfeitamente aceitáveis. Contudo, em uma corporação, compartilhar ideias sem causar impacto é algo pior do que inútil. É um desperdício do capital investido pelos acionistas e uma distração que poderia ser revertida no atendimento dos clientes.

Quando eu fui entrevistado para a Harvard Business Review, me perguntaram: “Qual é a área de desenvolvimento mais comum entre os executivos? ” A minha resposta foi: “ganhar sempre. ” Foque-se em fazer a diferença. Quanto mais as outras pessoas puderem “sentir-se bem” ou “ganharem” com a sua ideia, maior será a probabilidade da sua ideia ser executada com sucesso.

11. Foque-se no futuro – deixe o passado “para trás”.

Um dos comportamentos mais importantes de se evitar é reclamar sobre o passado. Você já conseguiu gerenciar alguém que incessantemente reclamava sobre a situação atual das coisas? Quando as pessoas reclamam constantemente, elas acabam com qualquer chance de mudança que elas poderiam ter para impactar o futuro. Os seus superiores tendem a vê-las como irritantes. Os seus subordinados diretos veem elas como ineptas. No final, ninguém ganha.

Pessoas com sucesso adoram ter ideias que as direcionem para a concretização de seus objetivos futuros. Elas não gostam de ser refutadas devido aos seus erros passados. Ao se focar no futuro, você pode se concentrar naquilo que pode ser concretizado amanhã, ao invés do que não foi concretizado ontem. Essa orientação para o futuro pode aumentar dramaticamente suas chances de influenciar eficientemente os tomadores de decisão. Isso também irá ajudá-lo a construir melhores relacionamentos de longo prazo com pessoas de todos os níveis em sua organização.

Em resumo, pense nos anos que se passaram aperfeiçoando-se em sua profissão. Pense sobre todo o conhecimento que você acumulou. Pense sobre como este conhecimento pode beneficiar potencialmente a sua organização. Quanta energia você investiu para adquirir todo este conhecimento? Quanta energia você investiu para aprender a apresentar este conhecimento para os tomadores de decisão – para que assim você conseguisse fazer uma real diferença? A minha esperança é que, ao fazer um pequeno investimento para aprender a influenciar os tomadores de decisão, você pode fazer uma diferença grande e positiva para o futuro da sua organização!

Fonte: http://www.inc.com/marshall-goldsmith/influence-key-decision-makers.html

 

Conhece-te a ti mesmo !

Por José Rosendo

Trabalhando com a Média Liderança , Sindicatos Patronais e dos Trabalhadores aprendi a importância da Comunicação Eficaz.

Conviver com pessoas de diferentes regiões e até mesmo do Exterior e se envolver para se conectar com todos que você encontra é gratificante…

Através de uma comunicação eficaz, os grandes líderes constroem confiança ( aliás, um baita valor).

Quando assumi a  Gerência de RH em uma empresa Aeronáutica, fui lançado a vários desafios e até mesmo em Brasília no setor da Indústria e Comércio estive, representando aquela organização…

Comunicar demissão em massa, retorno ao trabalho em função de greves e inserido em outras situações nervosas, fui percebendo a importância da comunicação direta e franca que inspiram “grandeza”.  Aprendi que a minha comunicação pode influenciar os outros sem feri-los e ainda, cultivar novos relacionamentos.

A comunicação pode ser uma habilidade desenvolvida ao longo da vida, como aprendizagem, mas se o seu trabalho e a sua liderança é dependente dele, é melhor você encontrar formas de desenvolver-se em todas as áreas de sua vida.

Muitas pessoas pensam que ser um grande comunicador equivale a ter carisma ou só de pensar que você pode ter um bom relacionamento com alguém, tudo ficará mais fácil…não é assim…nós todos sabemos disto! Liderança carismática pode ser míope. O verdadeiro trabalho da liderança é a credibilidade, integridade e confiança da própria pessoa em se comunicar no dia a dia com aquelas que servem.

– “Ser um grande comunicador se resume em confiar…”

Quando terminou a votação de uma proposta da nossa empresa ao sindicato e à todos os empregados na Igreja Católica daquela cidade, surpreendemos a todos, pedindo a recontagem de votos…  Senti então, após meu curtíssimo pronunciamento, que as pessoas estavam esperando honestidade , integridade no meu pedido.  A comunicação honesta é o que as pessoas estão procurando em um grande líder. Acreditem, é tudo uma questão de confiança.

Pergunte a si mesmo : Como a minha comunicação poderá gerar confiança e credibilidade, não só, com o que eu digo, mas também com relação ao que eu faço… As pessoas vão seguir alguém que fala a verdade e combinam suas ações para confiarem plenamente. Isto é integridade – falar o que pensa e agir como fala…Por último, seja um bom ouvinte.

Comunicador Eficaz não é medido pelo quanto ele diz, mas o quanto ele escutou… Acompanhei todo desenvolvimento da votação, em urna…Ouvir gera confiança, porque você está disposto a ser vulnerável , mantém a calma e procura entender melhor as pessoas.

Costumo dizer que a orelha esquerda do empregado é do Sindicato, a orelha direita é da Empresa…Quando as pessoas se sentem valorizadas, reconhecidas e ouvidas, nossas habilidades de comunicação como um líder se aprimoram.

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Funcionários talentosos sempre têm opções !

Por José Rosendo


O que fazer para manter empregados  high potential engajados e animados sobre o seu negócio?​

Você é um bom empregador e segue as melhores práticas de gestão, certo? Mas lembre-se, os seus artistas mais talentosos sempre têm opções…e  encontrarão outro emprego.​

Outros bons funcionários, menos talentosos também podem se libertar do seu negócio, mas não somente deixar você fisicamente – eles emocionalmente deixarão você, ainda que presentes, se mostrarão  para o trabalho e entregarão muito menos que 100 por cento do que eles são capazes. Então, o que você pode fazer? Aprendemos 4 dicas….

1. Seja claro sobre suas expectativas e políticas internas. Acompanhe-os. Nada causa mais descontentamento ao empregado regras pouco claras e aplicação incoerente das regras.
Este cenário “areias movediças” deixa os funcionários inseguros e questionam a firmeza   da empresa. E é provavelmente a razão número um por que os funcionários se juntam ou ativam petição para formar uma união também. Sindicato? Talvez…​

2. Seja sincero e ativo e siga a “regra de platina.” Todos os especialistas em gestão aconselham-nos a estar ativamente engajados com nossos funcionários, gerenciar por andar, para conhecer nosso povo como seres humanos completos e não apenas os trabalhadores. Parece um papo mole, mas afeta a linha de fundo.
Está comprovado: É muito positivo  quando tomamos o tempo para conhecer nossos funcionários e usar a “regra de platina.” Nós todos sabemos que a “regra de ouro” é tratar os outros como você gostaria de ser tratado. Hoje, geração X, geração Y e millenials esperam mais de seus gerentes… então use a “regra de platina”: trate os outros como eles querem ser tratados.

3. Comunicar, comunicar, comunicar e  mostrar respeito.
Não se fala de um funcionário para outros, a menos que você esteja tendo discussões com outros gestores para melhorias de desempenhos.
Uma forma positiva de mostrar respeito é dar seguimento às reclamações de funcionários, perguntas e e-mails com genuína preocupação e cuidado. Ele não é irrelevante.​

4. Fornecer uma remuneração competitiva e pacote de benefícios, incluindo opções para desenvolvimento de carreira e ascensão na carreira. Isto é muito importante, mas não no topo da lista. De fato, estudos  mostram que funcionários trabalharão por menor salário e benefícios se acreditarem no empregador acena com oportunidades de progressão na carreira.​

Empregadores que oferecem salários justos, competitivos e benefícios são menos suscetíveis a perder funcionários por “questão salarial”. Seus empregados conversam com outros profissionais  de sua área, bem como os seus amigos e os vizinhos de empresas concorrentes e são rápidos em perceber defasagens salariais.​

Na medida em que os funcionários sentem que estão ganhando menos, eles serão mais propensos a acreditar que eles podem obter mais em outro lugar. Participe de pesquisas salariais e  verifique “o quanto” sua empresa é competitiva  em sua região e no seu segmento. Se a sua posição na comunidade não está no topo da escala, esteja preparado para explicar o porquê…​
Considere os trade-offs dos outros…​

Manter os melhores funcionários para ajudá-lo a atingir seus objetivos de negócios deve ser uma estratégia fundamental, juntamente com as suas vendas, operações e metas financeiras. Siga as quatro dicas, você estará bem em seu caminho para mudar o mundo!

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“Destruímos talentos”

 and  | fev 13, 2016 | liderança e pessoas | 0 Comentários

É preciso reverter o rompimento entre negócios e educação com urgência, diz Ken Robinson, em entrevista exclusiva

Como diagnosticou recentemente Carlos Arruda, especialista em competitividade da Fundação Dom Cabral, o Brasil não tem capacidade humana para se sustentar como um país desenvolvido. A raiz disso pode ser distinta do que pensa a maioria, contudo, pois talentos não faltam; eles são sistematicamente destruídos. É o que diz sir Ken Robinson, uma das maiores autoridades mundiais em inovação e educação, não apenas sobre o Brasil, mas sobre boa parte do planeta. Esse britânico que migrou para a Califórnia afirma que, pior do que isso, a relação entre a educação e os negócios foi rompida e o resultado pode ser desastroso.

Em entrevista exclusiva à editora-executiva Adriana Salles Gomes, Robinson alerta para uma revolução silenciosa (indesejável para as empresas) já em curso, diz que a solução está na personalização da educação, compara a inovação com o rock e recomenda aos líderes que se concentrem em criatividade, entre outros conselhos práticos.

Você escreveu o livro Out of Our Minds 11 anos atrás e agora o está relançando com grande impacto —no Brasil, será intitulado Libertando o Poder Criativo. Quero saber se quem leu a primeira edição precisa ler essa também…

Eu digo às pessoas que leram a primeira edição que a joguem fora e comprem esta [risos]. É um livro completamente novo. Muito do que falei em 2001 ainda é verdade, só que aconteceram milhares de coisas nesses anos que não podiam ser previstas, da recessão mundial aos smart­phones, iPads e redes sociais. Se um livro é sobre a necessidade e a forma de mudar, tudo isso pesa.

A economia e a tecnologia influenciam tanto assim?
Nem é a tecnologia em si que influencia, mas a maneira como as pessoas a usam, que é imprevisível. Quando o Twitter foi lançado alguns anos atrás, sinceramente, ele me pareceu a mais ridícula das ideias. Mas, nos últimos cinco anos, virou esse fenômeno global, tomando parte em revoluções e tendências de mercado, e ajudou a mudar a forma como as pessoas se comunicam e os assuntos de que tratam. Até eu me converti ao Twitter.

As ferramentas da internet e os games podem ajudar muito a excitar a imaginação e a energizar crianças e jovens, o que é urgente. Agora, não substituem as pessoas na educação. Hans Zimmer, que é um dos compositores de músicas para filmes mais bem-sucedidos do mundo todo —e curiosamente foi expulso de cinco escolas—, me contou recentemente que compõe todas suas músicas no computador, mas faz questão de gravá-las no estúdio com músicos tocando, porque nenhum software substitui a vitalidade e a sensibilidade humanas. Eu tinha tudo isso a dizer e muito mais. Aprendi muito nesses dez anos de intenso contato com as empresas, por exemplo; isso enriqueceu demais minha experiência, que era principalmente com escolas, universidades e governos. E também vir para a Califórnia foi um grande aprendizado.

Sabe o que mudou essencialmente? Ficou muito mais forte a ideia de que temos a tendência de fazer pouco uso institucional do talento das pessoas e que assistimos a um enorme desperdício de potencial humano e possibilidades.

Mas as empresas entendem de fato que há esse desperdício de potencial humano e que ele afeta os negócios?
Esse desperdício afeta a economia inteira! A educação das pessoas e a economia são coisas intimamente ligadas e essa área vai muito mal. Vejo que algumas empresas estão começando a entender a gravidade do problema. Um ponto favorável ao mundo dos negócios é que, nele, as pessoas estão sinceramente interessadas na inovação, apenas não sabem como promovê-la.

Por anos e anos as empresas partiram do pressuposto de que, ao serem formalmente instruídas, as pessoas terão as habilidades, aptidões e competências de que os negócios precisam. Os pais, por sua vez, também presumiam que, uma vez educados, seus filhos teriam emprego e renda. Só que essa relação entre negócios e educação está rompida; nós destruímos talentos.

São fortes essas afirmações, sir Ken.
Sim, e são absolutamente realistas. As escolas estão sendo sufocadas com essas exigências de testes padronizados e, por isso, passam uma visão estreita de habilidades. O resultado é que os futuros adultos perdem o contato com sua criatividade, ironicamente a habilidade mais necessária às empresas na atualidade.

O sistema de educação é baseado em uma série de mal-entendidos entre as comunidades educacionais e as de negócios —e os propósitos comuns de ambas.

Como desfazer o nó? Por exemplo, no caso do Brasil, testes padronizados são a regra absoluta, no acesso ao ensino superior, na métrica de desempenho Enem.
É necessário fazer uma revolução na educação. Uma das razões é que o mundo já se encontra em estado de revolução, pois vem mudando rápida e profundamente. Os desafios que nossos filhos enfrentarão não têm precedentes, seja na área de energia, nas questões culturais, nos alimentos
—temos epidemias de inanição e obesidade ao mesmo tempo! Há uma gigantesca e dificílima agenda para a humanidade enfrentar no futuro próximo. O que permitirá que lidem com isso? Nos anos 1920, H.G. Wells, escritor de ficção científica, dizia: “A civilização está em uma corrida entre a educação e a catástrofe”. A educação o permitirá, só que revolucionada. E a revolução já está em curso; como todas as revoluções, começou embaixo e não em cima.

O sonho revolucionário da maioria das empresas no Brasil é o modelo educacional sul-coreano. O que você pensa dele?
O modelo é de diversos países da Ásia, como Taiwan, China, e aconteceu no Japão também. Seu princípio é o de promover uma hipercompetição entre as crianças, fazendo-as esforçar-se para absorver mais informações, passar em provas, fazer tarefas. Acho que é um engano terrível, pois se baseia numa regra válida no século 20 que agora expirou: “Se fizer tudo certo na escola e na universidade, você arrumará emprego”. Por que expirou? Porque isso só funciona quando poucas pessoas têm diploma universitário. E, além de não haver mais essa garantia, os profissionais que chegam às empresas não têm a competência de que elas precisam, porque pagaram um preço enorme por essa obsessão competitiva. Cada criança que passou por esse tipo de sistema e não conseguiu ir para a universidade certa tornou-se um ser humano frustrado, ansioso, deprimido. Então, desperdiçamos, ou destruímos, uma quantidade incomensurável de talentos em nome de um propósito que não é mais verdade.

“A insatisfação com a educação tradicional leva as pessoas para as tecnologias virtuais”

Você falou em revolução. Que sinais podemos ver?
Um dos motivos pelos quais as pessoas estão usando tanto as tecnologias virtuais é sua insatisfação com a educação tradicional. Preferem aprender sozinhas online. E, quanto mais baratos ficarem os computadores e aparelhos móveis, mais gente fará isso até tomar o controle da própria educação, sem deixar espaço para as instituições.

A mudança de paradigma genuína acontece assim. No século 19, a cidade de Londres dependia de cavalos, que puxavam carruagens e carroças, e havia um pânico geral por causa de toda a urina dos animais acumulada nas ruas, contribuindo para espalhar doen­ças. As pessoas não acharam uma forma de se livrar da urina, mas se livraram dos cavalos —quando inventaram o carro.

Vão se livrar das escolas… Algum governo já acusa o golpe?
Parece que não, tanto que os governos reagem no sentido contrário, porque estreitam ainda mais a visão nas escolas, aumentam sua dependência de testes padronizados e despersonalizam cada vez mais a educação, tornando-a um processo ainda mais industrial. Eles estão fechando os olhos.

Anarquia na educação soa como fazer justiça com as próprias mãos… É saudável ficar sem instituições? Há como reagir?
Sempre digo a professores e diretores de escolas, pelos quais tenho grande respeito, que, se mudarem o jeito como ensinam e o que fazem na sala de aula, estarão revolucionando o sistema educacional. É exatamente assim que funciona a mudança social. Quando eu era jovem, na Inglaterra, todos fumavam e ninguém usava cinto de segurança em carro. Hoje, quase ninguém fuma e todos usam cinto. Uma vez que os hábitos mudam e uma nova ideia se torna vital, ela se espalha e revoluciona a cultura rapidamente.

As empresas podem ter um papel a cumprir aí? Você costuma falar em parcerias criativas entre empresas e escolas…
Gosto de citar a iniciativa “capitalismo consciente”, que partiu do empresário John Mackay, da varejista Whole Foods Market, e vem atraindo cada vez mais empresas. Seu raciocínio é de que, apesar de as companhias serem criadas para gerar lucros, elas já podem escolher entre formas éticas e não éticas de fazê-lo. No futuro, talvez precisem ser éticas, desenvolvendo novos papéis ligados a responsabilidade e sustentabilidade em conjunto com as comunidades. Isso vale tanto para a educação criativa dentro da própria empresa, como faz o Google, por exemplo, quanto para sua conexão com a comunidade externa, que pode ser feita com as escolas. Nos EUA, há toda uma rede de escolas chamadas Big Picture Schools, em que as crianças podem passar dois dias por semana trabalhando em organizações que estão fazendo o que lhes interessa, como estúdios de
design, clínicas veterinárias, delegacias de polícia etc. E isso está provando ser muito eficaz. Além disso, muitas empresas mantêm programas internos de educação, contabilizando isso como parte do trabalho, e é muito bom. A maioria vê como investimento, não despesa, e não corta o orçamento na hora do aperto.

Que reforma você sugeriria para o governo brasileiro?
Certamente eu aconselharia o Brasil a olhar menos para a Coreia e mais para a Finlândia, embora entenda que é difícil comparar um país pequeno com um grande. Observe o sistema PISA, da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico], que compara a performance de alunos de diferentes países em matemática e ciências, particularmente: a Finlândia sempre se destaca no topo das avaliações PISA, mas não pratica testes padronizados, nem é obcecada por matemática e ciências. Reforça humanidades, artes, educação física, projetos práticos, jogos e, por incrível que pareça, vai muito bem em ciências e matemática. Enquanto a taxa de desistência da escola nos Estados Unidos fica em torno de 30%, na Finlândia é zero.

Por conta da necessidade de inovar, o Brasil também anda muito preocupado com a falta de interesse das crianças em matemática e ciências. Humanidades lhes interessam muito mais. O que explica o caso finlandês?
Em primeiro lugar, é preciso entender que criatividade e inovação não dependem nem só das ciências, nem só das artes, mas de como as duas áreas trabalham em conjunto; hoje o crescimento econômico de um país depende de múltiplos talentos. Agora, há um estudo muito interessante do professor Vivek Wadhwa [autoridade em inovação do Vale do Silício] sobre o histórico educacional dos líderes de cerca de 650 empresas de alta tecnologia do Vale. Contra o senso comum, 60% ou mais deles têm formação em artes ou humanidades, e mesmo os cientistas que lideram essas empresas foram para escolas com método alternativo, como Montessori, quando eram crianças. Curioso, não?!

Muito curioso! Você conhece o educador brasileiro Paulo Freire? Talvez por ele ser associado à esquerda, a classe empresarial não presta muita atenção a suas lições…
Sou um grande admirador do trabalho de Paulo Freire e ele me inspirou muito quando eu era estudante. Suas preocupações com a necessidade de cultivar talentos e habilidades individuais e educar a sensibilidade coincidem exatamente com o que falo. Também compartilho suas preocupações com essa institucionalização da educação que aumenta as diferenças entre os estudantes. Se precisamos de múltiplos talentos, precisamos de todos. Todas as crianças nascem com talentos maravilhosos; estes só não podem ser destruídos pelo sistema, e sim alavancados.

Agora, devo dizer que o Brasil não está sozinho nesse engano: recentemente o presidente Obama falou sobre promover a inovação e criatividade no sistema educacional dos EUA, ligando isso ao crescimento econômico, e referiu-se apenas a ciência, tecnologia, engenharia e matemática. É um erro gigantesco. No Reino Unido, em 1999, o governo me pediu para desenvolver uma estratégia para a criatividade no sistema educacional, o que virou o relatório All Our Futures, e já naquela época montamos um grupo de 15 pessoas que incluía desde músicos, escritores e dançarinos até economistas, cientistas e líderes empresariais.

Dizem que a gente muda por duas coisas: amor ou medo. Os gestores poderão começar a agir por uma dessas emoções?
Temos uma grande chance de os gestores, e as pessoas em geral, agirem, porque também são pais, preocupados com o futuro de seus filhos. Estou, aliás, escrevendo um novo livro, a ser lançado em 2013, sobre como achar “o elemento”, essa paixão que todos devem procurar em si, seu talento natural. A primeira regra é que não adianta nem os pais nem a escola forçarem uma criança a aprender matemática. Se ela não quer, é por achar entediante ou muito difícil. A forma de resolver o problema é investir em professores e recursos melhores para a educação da ciência, e não empurrá-la excluindo outras matérias. Para comprometer as crianças com a educação, você tem de se comprometer pessoalmente com elas, a fim de energizá-las. Elas querem ser estrelas do rock ou jogadores de futebol porque isso excita sua imaginação.

Um amigo meu, o músico de rock Brian Cox, agora é professor de astronomia em Manchester, na Inglaterra, e está apresentando uma série de documentários na BBC sobre astronomia. Ele se parece com um astro de rock, mas sua outra paixão é, e sempre foi, astronomia. O fato de ele falar apaixonadamente sobre astronomia na BBC aumentou enormemente o número de inscrições para o curso universitário de astronomia. Ele excitou a imaginação dos jovens. O empresário Peter Diamandis está tão interessado em viagens no espaço porque, quando criança, sua imaginação foi ativada pela série de TV Star Trek [Jornada nas Estrelas]. Eu sempre defendo a personalização da educação, tanto pela percepção de quão diferentes nossas crianças e seus talentos são como pelo reconhecimento da importância de educar —a educação precisa ser vista como uma forma de arte.

“Sempre defendo a personalização da educação; deve ser vista como uma arte”

Você tem dois filhos. Como foi sua “educação-arte” com eles?
A primeira observação é que eles são completamente diferentes em termos de talentos e interesses, o que é parte biológico, parte cultural. Essa é uma das razões pelas quais precisamos obrigatoriamente personalizar a educação.

Isso vale para programas de desenvolvimento de empresas?
Sem dúvida, se a empresa está interessada em inovação, e não apenas em eficiência.

Voltemos a seus filhos…
Hoje, meu filho, James, tem 27 anos e minha filha, Kate, 23, mas, quando eram crianças, minha esposa e eu estávamos sempre prontos a tentar achar a melhor escola para cada um individualmente. Minha filha, por exemplo, era muito menos impelida por trabalhos acadêmicos convencionais, porém mostrava ser ótima escritora, dançarina, com excelente gosto para design e muito hábil no relacionamento com as pessoas. Já meu filho é um ótimo ator, brilhante com os idiomas, mas também muito interessado em teorias e trabalhos acadêmicos convencionais, com uma mente voltada para a abstração. Então, mais por mérito de minha esposa, devo dizer, sempre tentamos colocá-los nos ambientes que fossem melhores para eles, e que eram distintos.

Isso me parece quase heroico! Sua mulher trabalhava fora?
Sim, era professora de teatro em uma escola de Liverpool; dava aulas para crianças de 10 anos em uma sala de 42 alunos. Mas ela foi muito pragmática e isso era prioridade nossa. Não digo que sempre acertamos, porque é um processo e requer muito improviso. Mas o fato é que o que funciona para uma criança não funciona necessariamente para outra. Quando viemos para a América, tentamos colocá-los na mesma escola e tivemos de mudar quando vimos que não funcionava para a Kate. Podíamos ver a luz indo embora de seus olhos e a tiramos de lá para recuperar seu brilho.

Como resumir as recomendações do Robinson Report?
Sua essência vai no sentido de criar um ambiente onde as pessoas se sintam confiantes para tentar, onde novas ideias surgirão e começarão a florescer. Inovação, assim como educação, é um processo orgânico, não mecanizado. Consiste em dar às pessoas um senso de inspiração, de possibilidades, de encorajamento e, principalmente, de permissão.

Trabalhei com os ministros da Educação, Indústria e Comércio e Cultura da Irlanda do Norte para desenvolver um plano de implementação do relatório chamado Unlocking Creativity [Destrancando a Criatividade]. Sei que muitas recomendações foram executadas, sim; contaram-me que o relatório gerou cerca de 160 milhões de libras de investimento na época e levou a muitos novos negócios. Agora, Oklahoma [EUA] é que quer aplicar essas ideias para se tornr “o estado da criatividade”.

No contexto corporativo, a questão também é a permissão?
Pense em cultura organizacional como hábitos mais habitat —hábitos são as formas de comportamento e os valores que as encorajam, a maneira como a organização é gerenciada, e o habitat é o local físico em que as pessoas trabalham. Todas essas coisas têm grande impacto no que as pessoas sentem como permitido. Se está na cultura da empresa, a inovação é permitida. Se não está, não é. A maioria das companhias está interessada em inovação, mas esta não se encontra em seus hábitos e habitat, não é permitida. E não funciona.

Uma organização hierárquica comporta inovação? Estudos antropológicos detectam muita hierarquia no Brasil.
Hierarquia serve a quem busca eficiência e status quo, mas não se surpreenda se não houver inovação nesse ambiente. Inovação requer múltiplas lideranças, não uma única, como ocorre na hierarquia. É como o rock; não há apenas um jeito de fazer rock, mas muitos, e essa variedade é fundamental.

Vale a pena entender a relação entre a imaginação, a criatividade e a inovação numa cultura organizacional. A imaginação, fundação de tudo, é a capacidade de trazer a nossa mente coisas que não são reais a nossos sentidos. Todos os seres humanos têm isso e devem ser encorajados a mostrar. A criatividade é o processo de ter ideias originais e gerar valor a partir daí —é um processo, não um evento isolado; requer disciplina e uma visão crítica das ideias e um balancea­mento interessante entre liberdade e controle. A inovação é colocar as boas ideias em prática. As empresas precisam cultivar a imaginação de seu pessoal, dar-lhe habilidades para o processo criativo e criar um ambiente em que tudo isso seja valorizado e encorajado. Com esses fatores aplicados, as ideias virão, geralmente de fontes inesperadas, não só das pessoas criativas, como reza a lenda.

Mas, em uma empresa hierárquica, isso dificilmente vinga, porque muitas boas ideias vêm de baixo e porque acontecem de maneira melhor quando fluem entre disciplinas diferentes, em equipes multidisciplinares.

Você fala em líder criativo. Qualquer líder pode ser criativo?
Sim, potencialmente. O líder não precisa entender a inovação, e sim a criatividade. Deve pensar seriamente sobre ela. Como eu disse a Tony Blair [ex-primeiro-ministro britânico] quando ele foi eleito, educação diz respeito a promover a criatividade e entendê-la, mas o governo tinha políticas educacionais que a destruíam. E digo o mesmo aos líderes de empresas.

Explique melhor o processo disciplinado da criatividade…
Não tem nada a ver com perder o controle. Você não pode ser um músico criativo se não sabe tocar um instrumento, nem um cientista criativo se não souber matemática.

Um dos grandes líderes atuais é Richard Branson e não por ser carismático. De um lado, ele é muito liberal, porque se limita a inspirar as pessoas a fazer as coisas, mas seu grupo empresarial é bem disciplinado. Há o balanceamento.

A visão crítica é fundamental e John Lennon ensina isso. Entrevistei Paul McCartney para meu livro The Element, de 2009, e ele descreveu como os dois compunham: começavam com o que viesse à cabeça —frase ou acorde— e não levantavam enquanto não terminassem. Ao final de uma dessas sessões, saíram para beber, e Paul disse a John: “E se não conseguirmos nos lembrar da música pela manhã?”. E John respondeu: “Se não pudermos nos lembrar, por que mais alguém se lembraria?” [risos].

E como desenvolver a imaginação, achando seu elemento?
É uma busca primeiro interna, em que se aprende mais sobre si, e depois externa, para experimentar coisas novas e se pôr à prova. É a jornada dupla de descobrir a paixão e construir a atitude. Como? Quebrar a rotina é uma forma.

O RITUAL IMPORTA, por KEN ROBINSON

Como é tornar-se um sir? Você vai ao Palácio de Buckingham, em Londres, curva-se diante da Rainha Elizabeth II e ela coloca uma espada em seu ombro. É grandioso! Eu fiquei muito orgulhoso, por três motivos: primeiramente, porque inspirar tanta confiança nas pessoas é um sentimento maravilhoso —você não pode se candidatar a ser “sir”, isso tem de partir da vontade alheia; em segundo lugar, porque enchi minha mãe de orgulho —ela estava com 84 anos, morreu dois anos depois e creio que morreu feliz, porque, para sua geração, a Rainha tem uma importância significativa; em terceiro, porque a Rainha é uma pessoa extraordinária, muito querida.

Rituais e mitologias são extremamente importantes. Eu era estudante nos anos 1960 e 1970 e muitos de meus colegas não queriam ir à cerimônia de graduação, achando que era ultrapassada e um tanto ridícula. Estavam errados. Esses ritos de passagem celebram conhecimentos e conquistas e nos proporcionam um momento de pausa e reflexão, rodeados de pessoas que amamos e/ou admiramos, para entender melhor nossos sentimentos, preparando-nos para os próximos conhecimentos e conquistas na longa busca que é nossa vida. É como a jornada do herói descrita por Joseph Campbell, e o verdadeiro benefício desses ritos de passagem é espiritual —no sentido de nos deixar cientes de nossas conquistas e nos fazer sentir orgulho.

Acredito que as empresas também devam utilizar rituais para manter uma cultura saudável de inovação, com o cuidado para que esses rituais não sejam artificiais, mas tenham significado. Eu estive em Las Vegas há pouco tempo, em uma empresa chamada Zappos, que é muito bem-sucedida, com uma cultura interna maravilhosa, e a cada trimestre eles fazem um ritual desses, que é uma reunião chamada “All Hands” [Todas as Mãos], em que juntam todos os colaboradores em um grande teatro, para celebrar sinceramente as conquistas das pessoas, financeiras e de outros tipos.


SAIBA MAIS SOBRE KEN ROBINSON

Em 1998, o educador Ken Robinson, professor da University of Warwick, liderou uma comissão do governo britânico encarregada de analisar as relações entre educação, criatividade e economia. O resultado, o relatório All Our Futures, que ficou mais conhecido como Robinson Report, teve imensa repercussão mundial e suas recomendações passaram a ser adotadas por atores tão distintos quanto o governo da Irlanda do Norte (como parte do processo de paz) e o de Singapura. Desde então, tornou-se interlocutor frequente de líderes governamentais e empresariais em busca de inovação. Robinson foi condecorado Cavaleiro do Império Britânico —“sir”— em 2003 e incluído entre “as principais vozes do mundo” em 2005 pelas revistas Time e Fortune e pela emissora de TV CNN, dos EUA. A real popularidade, contudo, veio em 2006, com uma palestra TED, que se viralizou pela internet de maneira impressionante.

Autor de oito livros —entre os quais, Libertando o Poder Criativo, que será lançado pela HSM Editora—, sir Ken, como costuma ser chamado, virá pela primeira vez ao Brasil em novembro próximo para falar aos gestores na HSM ExpoManagement. Ele é admirador declarado de Paulo Freire e Miguel Nicolelis e se diz ansioso por conhecer o País, que associa a uma criatividade abundante. Nascido na Liverpool dos Beatles, o especialista morou na Stratford-upon-Avon de Shakespeare e agora vive na Califórnia de Hollywood, dedicando sua vida a garimpar talentos, individual e coletivamente. Sir Ken trata disso tanto em Libertando o Poder Criativo como em seu próximo livro, Finding Your Element (uma continuação de The Element), que deve ser lançado em maio de 2013, com dez lições que pretendem ajudar cada um a descobrir e explorar seu verdadeiro talento.


Essa matéria foi publicada originalmente na edição de setembro-outubro de 2012 da revista HSM Management.