Síndrome de planejamento

* por Tom Coelho

 

“Boa sorte é o que acontece quando

a oportunidade encontra o planejamento.”

(Thomas Edison)

 

 

Possivelmente você acompanhou pela mídia o que aconteceu com alguns candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorrido no último final de semana. Refiro-me especialmente aos atrasados, impedidos de fazer a prova por encontrarem os portões fechados.

 

Houve de tudo: pessoas sem documento com foto para identificação, que esqueceram de levar caneta preta transparente, que erraram o endereço do local de prova.

 

O fato é que isso ilustra um mal que aflige a todos nós, pois sofremos de uma síndrome de falta de planejamento que é típica de nossa cultura. Assim, temos o péssimo hábito de protelar e fazer tudo na última hora, simplesmente porque não programamos nossas atividades.

 

Vivemos em uma nação sem a ocorrência de catástrofes climáticas ou inverno rigoroso, situações que em outros países demanda preocupação e preparo constantes. Convivemos por anos com elevadas taxas de inflação que nos impossibilitavam postergar o consumo, incentivando o imediatismo como meio de combater a perda do poder de compra da moeda. Nas escolas, estudamos na véspera das provas e os trabalhos de conclusão de curso entram em pauta apenas quando se aproxima o prazo fatal para entrega.

 

No mundo corporativo não é diferente. Poucas são as empresas que realizam planejamento estratégico anual. Como consequência, surgem desequilíbrios financeiros, interrupção da produção por falta de matéria-prima, atrasos em entregas, problemas de qualidade, elevação dos índices de acidentes no trabalho, indisponibilidade de capital humano qualificado, perda de produtividade.

 

Por conseguinte, somos indisciplinados também na vida pessoal. Segundo o Ministério da Saúde, 51% dos brasileiros têm sobrepeso. Já a mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE aponta que 68,45% das famílias brasileiras gastam mais do que ganham todos os meses.

 

Voltando ao Enem, os retardatários alegaram que o ônibus atrasou, que o trânsito estava intenso, que não havia vaga para estacionar. Tudo isso explica, mas não justifica. Chegar antes a qualquer compromisso é um exemplo de respeito e educação para com os demais. Além disso, permite a serenidade para se preparar emocionalmente, seja para uma prova, seja para os debates que ocorrerão durante o encontro.

 

O resultado disso traduz-se em uma palavra: frustração. Para os atrasados no Enem, minutos ou segundos que significarão um ano perdido. Para um advogado, poderia denotar a perda do prazo para interpor um recurso, prejudicando irreversivelmente seu cliente. Para um profissional de vendas, chegar tardiamente a uma licitação, desqualificando sua empresa e talvez a levando à bancarrota. Para um executivo atrasado a uma reunião, o comprometimento de sua imagem e da companhia que representa.

 

Que tal começar a desenvolver, agora, o hábito do planejamento em todas as dimensões de sua vida?

 

Tom_Coelho

Mestres que inspiram

“Professor não é o que ensina,
mas o que desperta no aluno a vontade de aprender.”

(Jean Piaget)

Minha paixão pela banda Supertramp, ainda quando garoto, levou-me a apreciar um instrumento musical em particular: o saxofone. Tanto que decidi comprar um, usado mesmo, a partir de anúncios classificados de um jornal, num tempo em que a internet ainda engatinhava em nosso país.
Então, busquei um instrutor e passei a tomar aulas periódicas com a expectativa de, um dia, tocar “The Logical Song”. Mas para atingir este estágio, descobri que teria que aprender escalas musicais, além de ler partituras.

Meses se passaram e, frustrado, descobri-me absolutamente desprovido de talento musical. Olhar para um pentagrama com suas claves de sol, semibreves, colcheias, bemóis e sustenidos era um atestado de ignorância plena. Era o mesmo que vislumbrar a fórmula do tolueno sem entender nada de química orgânica.

Resignado, no auge de minha adolescência, aposentei meu sonho. E, desde então, o sax passou a ser um mero adorno. Aproveitando sua beleza estética, passei a afixá-lo na parede de escritórios e, mais tarde, na sala de estar de minha casa.

Quase duas décadas depois, numa daquelas fases da vida que decorrem de uma crise existencial, experimentei o meu “momento da virada”. Dentre diversas deliberações, estabeleci como meta aprender a tocar ao menos uma canção que fosse com o instrumento.

Foi quando conheci Alexandre Pena, um jovem professor que, de tão apaixonado por música, desenvolveu seu próprio método. E ele, com ponderação e tolerância, fez-me compreender que eu poderia não ter talento musical, mas tinha inteligência musical suficiente para aprender a tocar saxofone. Escala por escala, acorde por acorde, rompi o bloqueio mental que se instalara e aprendi a apreciar a música e a estudá-la rotineiramente.

Dizem os dicionários que professor é aquele que professa, seja uma crença ou uma religião. E você só pode professar algo em que acredita, confia e segue…

Shakespeare, por sua vez, dizia que “heróis são pessoas que fizeram o que era necessário, arcando com as consequências”.

Quando elegemos um guru, e muitos professores assumem este papel, em verdade estamos vislumbrando um herói, que ao longo de toda uma trajetória de erros e acertos pavimentou uma trilha pela qual o aprendiz transita com segurança e conforto.

O tempo passa e cada um de nós também abre clarões por entre a mata. E nos descobrimos igualmente como heróis, em especial quando dispostos a arcar com as consequências.

Como educadores, esta é nossa maior e talvez única missão: inspirar nossos alunos. Ajudá-los a se descobrirem, a desenvolverem suas múltiplas inteligências. Trabalhar habilidades técnicas, mas também comportamentais e valorativas. Proporcionar-lhes a oportunidade de caminhar pelo chão batido ou asfaltado de terrenos abertos e sinalizados pelo prazer ou pela dor de nossas experiências.

Muitos já devem ter sido os alunos que capitularam em seus anseios, expectativas e sonhos por conta de maus mestres que, consciente ou inconscientemente, regaram sementes com fel ou as lançaram em terreno infértil. Mas, felizmente, há também aqueles que promoveram o entusiasmo e despertaram vocações. Porque a vida de um professor se prolonga em outras vidas.

 

Tom_Coelho

Geração sem-sem

* por Tom Coelho

 

“Bom senso é a capacidade de ver as coisas como são

e fazê-las como devem ser feitas.”

(Josh Billings)

 

É provável que você já tenha ouvido falar da “geração nem-nem”, denominação dada aos jovens que nem estudam, nem trabalham. Conheça agora a “geração sem-sem”. Ela não é formada exclusivamente por jovens, pois não está relacionada à idade, mas sim a novos hábitos oriundos da tecnologia. Trata-se de pessoas que utilizam celular e redes sociais sem limites, e não raro, sem noção das consequências.

 

Em 2012, a atleta grega Voula Papachristou foi afastada dos Jogos Olímpicos de Londres pelo Comitê Olímpico de seu próprio país após postar em seu Twitter: “Com muitos africanos na Grécia, ao menos os mosquitos do Nilo ocidental vão comer comida caseira”.

 

Em dezembro de 2013, Justine Sacco, então diretora de comunicação da IAC, empresa detentora de diversos sites, entre os quais o Vimeo, embarcava para a África do Sul, sua terra natal, quando tuitou para seus 170 seguidores: “Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!”. Ao desembarcar, nove horas depois, descobriu que sua mensagem havia repercutido fortemente, sendo capitaneada por grupos de combate ao racismo. No dia seguinte, foi sumariamente demitida.

 

Há alguns anos eu pretendia contratar uma assessoria de imprensa. Minha prioridade não era uma empresa formal, mas sim um profissional que pudesse realizar o trabalho à distância, em uma autêntica relação de confiança. Por coincidência, recebi o currículo de uma jornalista bastante qualificada. Porém, antes de procurá-la, decidi analisar seu perfil também nas redes sociais. Qual não foi minha surpresa ao constatar que a moça passava várias horas todos os dias em um jogo on-line, compartilhando com todos suas conquistas. Como estabelecer um sistema de trabalho à distância nestas circunstâncias?

 

Todos sabemos os benefícios legados pelos avanços da tecnologia. O acesso à informação, a velocidade da comunicação, a interação com novas pessoas e o resgate de relacionamentos do passado. Entretanto, falta bom senso na utilização de celulares e redes sociais.

 

A necessidade de acompanhar uma infinidade de posts faz com que predomine a superficialidade. Qualquer mensagem com mais de três parágrafos é simplesmente ignorada. Pior, a partir de uma leitura rasa e incompleta, muitos julgam-se em condições de comentar e criticar com propriedade, mesmo sem ter compreendido o contexto.

 

O Facebook, por sua ampla difusão, é um ótimo exemplo. Neste canal, é muito comum as pessoas inserirem textos e imagens que não necessariamente representem quem elas são, mas sim uma projeção de quem gostariam de ser. E a coleção de selfies retrata um mundo cor de rosa que não necessariamente corresponde à realidade dos fatos.

 

Mas nada é mais preocupante – e irritante – do que o uso indiscriminado dos celulares. Pessoas com a “síndrome da cabeça baixa” reunidas presencialmente, porém focadas exclusivamente na tela de seus smartphones ignorando a tudo e a todos ao seu redor. Gente que liga o aparelho dentro do cinema e do teatro, responde mensagens durante aulas e reuniões, dirige falando ao celular colocando em risco a própria integridade e a segurança de outros.

 

Até o surgimento de uma próxima moda precisamos aprender a lidar com a tecnologia, evitando o risco de ser um sem-sem: sem limites, sem noção!

 

Tom_Coelho

O Método S.M.I.L.E. – Liderança Positiva

Uma vez identificadas todas as oportunidades de descontração responsável e produtiva, atentando para o lugar adequado, com as pessoas certas, na hora apropriada e na medida certa, passamos para a próxima fase do Método S.M.I.L.E.:

 

S = Sorria

M = Mude de Atitude

I = Identifique Oportunidades

  • L = Lidere Positivamente

E = Envolva e Execute

 

Como pudemos constatar no passo anterior, existem inúmeras maneiras de se medir o humor dos Colaboradores e até mesmo da empresa, bastando para isso, apenas colocar a criatividade em prática, mas para que tudo isso se concretize e funcione devemos ter total apoio da alta liderança e para isso passamos ao próximo passo do Método S.M.I.L.E. que é o da Liderança Positiva.

 

No perfil de um líder bem sucedido o senso de humor é com certeza uma característica marcante e importante, pois ele revela sensibilidade, segurança pessoal, alto astral, otimismo, confiança, domínio da situação, habilidade em comunicação e relacionamento interpessoal, aliviando tensões e prevenido conflitos e problemas. Uma piada ou anedota desde que relevante e colocada dentro do contexto e aplicada no momento certo, relaxa e cria condições de harmonização da equipe. Um ambiente alegre é, certamente, um ambiente produtivo.

 

O líder mal-humorado, negativo e pessimista passa a imagem de uma pessoa derrotada que não está no lugar certo e não é uma boa companhia para seus pares. O grande problema é que esse pessimismo torna-se mais perigoso, quanto mais inteligente e “culto” for o tal “líder”, pois terá grande influência sobre os demais e principalmente sobre sua equipe, uma vez que, sempre destaca o lado da infelicidade, diante de um novo problema.

 

Em 2004, Tom Peters já afirmava em seu livro Re-Imagine que: “As pessoas (LÍDERES) que se sentem bem consigo mesmas também RIEM muito. Essa é a minha experiência. Assim, aqui estão duas de minhas regras:

 – Nunca trabalhe em um lugar onde RIR seja raro

 – Nunca trabalhe para um líder que não RIA”

 

Eu particularmente acho muito radical esta posição. Por isso prefiro as palavras de Max Gehringer, proferidas em 2002 na edição nº 53 da revista Você S/A com o título “Rir é o Melhor Negócio”:

“O clima vem de cima – e não é preciso ser um humorista para criar um ambiente de bom humor. O Norberto (que era um diretor colega dele) não era, apenas entendeu que, bem humorados, seus funcionários poderiam gerar resultados muito acima do esperado.”

 

Não que eu defenda que o líder deva ser um palhaço, apesar de que várias técnicas deste respeitável profissional sejam muito úteis no ambiente corporativo, e defendo também que ele não precisa ser um piadista, comediante e nem humorista, só precisa ter a consciência e sensibilidade de que o humor entre a sua equipe é muito bem vindo e importante para a sua motivação, produtividade e melhoria dos resultados.

 

Nas empresas, muito do que causa estresse e consequentemente mau humor está nas mãos da liderança, a saber:

 

  • Longas jornadas de trabalho – segundo informações publicadas no jornal Daily Mail um estudo realizado em 2012 pelo Finnish Institute of Occupational Health sob a liderança de Marianna Virtanen, revelou que as pessoas que trabalharam mais de oito horas por dia tinham uma chance de 40 a 80% maior de doença cardíaca.

 

  • Altos níveis de ruído – está mais do que comprovado pela medicina do trabalho que níveis de ruído acima de 85 decibéis (Decreto 4882/03 – art. 2º), equivalente ao barulho do liquidificador, provocam prejuízo à saúde do trabalhador.

 

  • Calor excessivo – ele influi diretamente no nosso desempenho, fazendo com que o cansaço apareça precocemente, o que acaba com o nosso bom humor, ainda que o corpo se defenda com o suor, que mantem a pele molhada passando a sensação de frescor.

 

  • Metas inatingíveis – quando as metas são impostas e desde o início já sabemos que não serão atingidas, não por demérito do trabalhador, mas for falta de instrumentos e condições proporcionadas pela “liderança”, bem como pela falta de autonomia.

 

  • Despreparo para certas atividades – o que mais chateia e causa mau humor em um Colaborador é delegar-lhe atividades sem o devido preparo. Isso infelizmente ainda é muito frequente nas empresas.

 

Portanto, você enquanto líder, deve tão somente permitir e incentivar a descontração entre sua equipe e colher os diversos benefícios que serão gerados. Isso é tão importante que deveria ser matéria obrigatória nos cursos de MBA e de Administração. E olha que conteúdo é que não falta!

 

Agora vamos deixar o estresse de lado e partir para uma parte fundamental do Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor no Ambiente de Trabalho que é o envolvimento, ou também podemos tratar de engajamento dos nossos Colaboradores e finalizarmos com a execução, ou seja, “Colocar em prática” o nosso projeto.

 

 

 Feira do Empreendedor Sebrae 2015 Marcelo Pinto, o Palestrante do Bom Humor e filantropicamente conhecido como Doutor Risadinha, é Advogado Trabalhista e Gestor de RH, estando à frente da MP Assessoria Empresarial. Gelotólogo e Autor dos livros “Sorria, você está sendo curado” (Ed. Gente) e “O Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor no Ambiente de Trabalho” (Ed. Ser Mais). Mantenedor do site www.palestrantedobomhumor.com.br e do blog Espaço do Riso http://doutorrisadinha.blogspot.com.

O Método S.M.I.L.E. – Identificando Oportunidades de Descontração no Ambiente de Trabalho

Uma fez convencidos de que nossa Atitude para hoje será Positiva, passamos automaticamente para a próxima fase do Método SMILE:

 

S = Sorria

M = Mude de Atitude

I = Identifique Oportunidades

L = Lidere Positivamente

E = Envolva e Execute

 

Todos aqueles benefícios e muitos outros adquiridos com uma mudança para Atitude Positiva, com certeza nos estimulam a identificar oportunidades de descontração responsável e produtiva em nosso ambiente de trabalho, o que representa o próximo passo em nosso Método S.M.I.L.E.

 

Antes porém, devo ressaltar mais uma vez a importância do equilíbrio. O que defendo não é que devemos estar o dia inteiro bem-humorados e nem uma empresa 100% bem-humorada, até porque, com certeza ambos não resistiriam à competitividade frenética do mercado, como também, não sobreviverão caso sejam 100% mal-humorados. E o Método S.M.I.L.E. busca justamente este equilíbrio.

 

Pois, existem várias oportunidades de descontração em nosso ambiente de trabalho que se bem aproveitadas, podem proporcionar um Programa de Descontração Sustentável durante todo o ano, desde que bem gerenciado, é claro. Trata-se de uma iniciativa inovadora e até certo ponto corajosa, pois requer persistência, maturidade e atenção, para que não se torne uma bagunça corporativa.

 

Para evitar este tipo de problema, recomendo a formação de um comitê multidisciplinar, que tenha a legitimidade para propor ações e corrigir rotas com o objetivo de manter o ambiente de trabalho leve, descontraído, mas também, motivado e produtivo. Esse comitê será liderado por um CSO – Chief Smile Officer ou CHO – Chief Happiness Officer (podem acreditar: estas funções existem realmente!), que idealmente deverá ser da área de Recursos Humanos.

 

Sem dúvida criar a cultura da diversão no ambiente de trabalho é possível, e também desafiadora, na medida em que os líderes percebam seus benefícios e permitam que se manifestem. A questão chave está obedecer a quatro pilares muito importantes, para permitir-se a diversão responsável e produtiva no trabalho:

 

1 – ATENÇÃO PARA O MOMENTO CERTO DA DIVERSÃO: pois não dá para se divertir por toda a jornada de trabalho e em todos os dias da semana. Devemos identificar no calendário anual as datas propícias às celebrações coletivas;

 

2 – SÓ BRINQUE COM AS PESSOAS CERTAS: uma vez que todos temos formas diferentes de manifestar o bom humor e devemos ser respeitados em nossa individualidade e diversidade;

 

3 – PROCURE O LOCAL CERTO PARA A DESCONTRAÇÃO: não dá para se descontrair no meio do salão ou departamento, pois isso atrapalharia a concentração de nossos colegas. Uma boa ideia é instalarmos numa sala de reuniões, uma TV ou até mesmo um videogame interativo. O local do café também é um ótimo espaço propício à interação divertida entre os colegas. Determinadas empresas investem grandes quantias de dinheiro para decorar salas de forma a torna-las o máximo atrativas e relaxantes possível; e,

 

4 – DIVIRTA-SE NA MEDIDA CERTA COM BOM SENSO DO HUMOR: pois brincadeiras de mau gosto e fora de hora e contexto, podem gerar um passivo trabalhista perigoso, com o surgimento de ações de Assédio Moral, tão frequentes especialmente durante as Convenções de Vendas, como veremos mais adiante. Aliás neste ponto é importante destacar o que “Não é Bom Humor”:

 

      Rir compulsivamente e muito alto

      Aplicar apelidos pejorativos e discriminatórios em todos colegas

      Contar Piadas em excesso e preconceituosas

      Falar de forma velada o que se quer com a desculpa de que “É só uma brincadeirinha !!!”, etc

 

Portanto, saiba dosar o nível do humor e aplicá-lo dentro do contexto e forma responsável, principalmente se você for o Líder. Cuidado com o Assédio Moral!!

 

Esse é o tema de uma das minhas principais Palestras que visa preparar preventivamente as Empresas e Organizações a fim de minimizar ou até mesmo evitar um passivo judicial originado por ações trabalhistas de Assédio Moral, o qual todos sabemos que ainda não é crime, mas vem gerando um onda crescente na Justiça Trabalhista de ações judiciais devido à rotineira ocorrência dentro das empresas.

 

E, existem várias maneiras de evitarmos este tipo de passivo judicial, em especial, o trabalhista. Recomendo à você adotar, dentre todas que pratiquei, aquelas principais que adotei durante aproximadamente 30 anos que estive à frente da área de RH e Jurídica Trabalhista, ora como advogado, ora como gerente, ora como ombudsman interno.

 

Dentre as práticas destaco as seguintes:

 

         Treinamento Contínuo de Prepostos – uma vez que o processo judicial sempre recai sobre a empresa, por conta da sua responsabilidade objetiva neste caso, ou seja, a empresa é sempre a responsável pelos seus empregados;

 

  •   Código de Ética/Regulamento Interno – devendo trazer capítulo específico tratando do tema de forma a que nenhum empregado possa alegar desconhecimento das regras e princípios do programa de descontração corporativa.;

 

         Canais de Comunicação Aberta e Direta – um instrumento muito útil não só para o empregado se manifestar quando sentir-se incomodado com determinadas brincadeiras ou abordagens, como também para a empresa, que tem nestes instrumentos uma prova importante para demonstrar sua boa fé e poder de direção.

 

         Auditoria frequente – pois é sabido que “o que não se mede se perde!”. E podemos medir o bom humor nas organizações. Eu garanto que sim!

 

Mas para que tudo isso se concretize e funcione devemos ter total apoio da alta liderança e para isso passamos ao próximo passo do Método S.M.I.L.E. que é o da Liderança Positiva.

 

 Feira do Empreendedor Sebrae 2015 Marcelo Pinto, o Palestrante do Bom Humor e filantropicamente conhecido como Doutor Risadinha, é Advogado Trabalhista e Gestor de RH, estando à frente da MP Assessoria Empresarial. Gelotólogo e Autor dos livros “Sorria, você está sendo curado” (Ed. Gente) e “O Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor no Ambiente de Trabalho” (Ed. Ser Mais). Mantenedor do site www.palestrantedobomhumor.com.br e do blog Espaço do Riso http://doutorrisadinha.blogspot.com.

Talento não compensa comportamento “tóxico” de profissional

Fofocar, culpar os outros e ter uma atitude negativa ou agressiva são algumas das características que mais tornam profissionais “tóxicos” para o ambiente de trabalho, segundo um levantamento. A maioria dos funcionários considera que a presença de colegas assim atrapalha o trabalho — e acha que as empresas não fazem o suficiente para evitar essa situação.

A pesquisa foi realizada pela empresa de desenvolvimento de liderança e treinamento Fierce, e teve a participação de 500 profissionais americanos. Para eles, a atitude que mais contribui para um colega ser considerado prejudicial ao ambiente de trabalho é a negatividade (41%), seguida da passivo-agressividade (32%). Cerca de 10% acham que culpar sempre os outros e fofocar sobre os colegas são comportamentos mais tóxicos, enquanto 6% consideram a preguiça a pior ofensa.

Independentemente da atitude mais condenada, 88% funcionários concordam que o talento ou habilidade especial do profissional não compensam os aspectos negativos de um colega considerado “tóxico” para o ambiente como um todo. Entre os gestores, entretanto, apenas 40% considerariam demitir um funcionário por causa da atitude negativa.

Para a presidente da Fierce, Susan Scott, contudo, a resposta não é excluir os profissionais considerados tóxicos pelos colegas, e sim investigar as razões de esse comportamento aparecer — entre os motivos podem estar a sensação de não ser valorizado pela companhia, falta de reconhecimento ou conflitos interpessoais. A pesquisa apontou, por exemplo, que mais da metade dos profissionais discutem com colegas de trabalho pelo menos uma vez por mês, e muitas vezes esses conflitos acabam não-resolvidos.

“Há um descompasso entre a opinião que funcionários têm de seus colegas e a sua percepção de como a liderança lida com a situação”, diz Susan. Após a empresa identificar as origens dos comportamentos negativos, a recomendação da presidente é apostar em uma comunicação transparente e em uma cultura que reconheça o trabalho realizado por todos os funcionários.

Essa notícia foi publicada no site do Valor Econômico, em 31/07/2015

Trabalhamos muito ou mal?

Em março de 2014, o americano Mohamed El-Erian, de 55 anos, então presidente de uma das maiores consultorias financeiras do mundo, a Pacific Investment Management Co., renunciou ao cargo depois de receber de sua filha de 10 anos uma carta com 22 momentos importantes da vida dela que ele havia perdido por causa do trabalho.

Para cada evento no qual não esteve presente, o executivo tinha uma justificativa — reunião, viagem ou jantar de negócios. E foi ali que ele percebeu que passou mais tempo fora da vida das pessoas que ama para poder cumprir uma agenda de compromissos.

No mundo todo, há vários El-Erian que ainda não receberam sua listinha de momentos perdidos, mas certamente perceberão esse vazio um dia. Segundo a pesquisa From Dedication to Medication?, realizada com 12.000 executivos de primeiro nível em 85 países pela Regus, fornecedora de produtos e serviços para escritórios, atualmente 48% da população economicamente ativa passa 9 horas por dia no trabalho, enquanto outros 38% ficam 10 ou mais horas.

O estudo aponta o Brasil como o país onde mais se trabalha, com 17% da população cumprindo uma jornada de 55 horas semanais. E o expediente continua fora do escritório: 45% dos brasileiros levam pendências para casa pelo menos três vezes por semana.

Diferentemente do que alguns podem pensar, a longa jornada em nada contribui para a produtividade. Segundo o relatório global da Conference Board, organização americana que reúne 1 200 instituições públicas e privadas de 60 países, para produzir como um americano são necessários quatro brasileiros.

Então, por que trabalhamos tanto? Será que a quantidade de tarefas aumentou ou executamos mal nossas atividades?

Para Raphael Carvalho, presidente no Brasil da Alexander Proud­foot, consultoria global que atua há 68 anos estudando a produtividade das organizações, as horas extras não estão relacionadas ao aumento de tarefas, muito menos à má vontade do empregado. “A culpa é das companhias”, ele afirma.

O serviço está organizado de forma que não permite às pessoas fazer o que deve ser feito dentro do horário correto. “A falta de processos bem estruturados, de métricas e de alguém para ajudar no dia a dia faz com que se trabalhe 11 horas para terminar aquilo que poderia ser feito em 6 ou 7 horas”, diz o consultor.

Segundo a Proudfoot, os profissionais perdem até 30% do dia por causa da ineficiência da corporação. Outra pesquisa, da consultoria empresarial Bain&Company, aponta números mais preocupantes: 80% do expediente da liderança é gasto com assuntos que contribuem com menos de 20% dos ganhos da empresa.

Como chegamos a esse ponto?

As corporações sabem qual é o caminho para recuperar a produtividade e dar um respiro às pessoas: simplificar. Segundo o relatório Leading in the New World of Work, da Deloitte, a simplificação do trabalho aparece como prioridade de sete em cada dez empresários. O problema, portanto, não é o diagnóstico, mas a solução. Depois de complicar tanto a gestão, as companhias têm agora dificuldade para desemaranhar seus nós.

Ao longo do tempo, foram criadas muitas estruturas, sistemas, processos e métricas para dar suporte aos novos rumos dos negócios. “Quando duas áreas não conversavam, o empresário formava uma terceira para intermediar as outras duas, gerando mais uma caixinha, mais controle e mais problema de interação”, diz o diretor e sócio da consultoria Boston Consulting Group (BCG), Yves Morieux, em seu TED Talk intitulado Simple Rules. Assim surgiu o que ele chama de “complexidade organizacional”.

O modelo de trabalho também se complicou. Hoje, a mão de obra está geograficamente dispersa, as estruturas são matriciais, há mais informações, mais pessoas envolvidas nas tarefas e maior dependência para executar o serviço. Na tentativa de equilibrar essa complexidade, os profissionais empregam mais esforço e tempo — sem necessariamente dar conta do recado.

Quando os resultados não aparecem, a empresa acha que as pessoas estão fazendo corpo mole. Nomeia mais gestores para controlar a produtividade e incrementa os mecanismos de avaliação e punição. Está instalado o círculo da ineficiência. “É como se a companhia quisesse salvar o doente aumentando a dose do remédio que não faz efeito”, diz Anderson Sant’anna, professor e gerente do núcleo de desenvolvimento de liderança da Fundação Dom Cabral. Em vez disso, afirma o professor, ela deveria olhar para os problemas estruturais.

Consideram-se problemas estruturais desde o número de camadas hierárquicas até o processo produtivo e a própria cultura de gestão de pessoas. Contam, por exemplo, quantas interações o funcionário precisa fazer ou quantas telas de sistema deve abrir para realizar uma ação. Na maioria das vezes, todos estão tão acostumados a fazer as coisas de determinado jeito que nem percebem o desperdício de esforço.

A fabricante francesa de aviões Airbus, por exemplo, decidiu contratar mais engenheiros porque faltavam profissionais para fazer as aeronaves. Após uma análise, os consultores da Proudfoot descobriram que, na verdade, os engenheiros ficavam ocupados com reuniões, processos administrativos e e-mails, e não lhes sobrava tempo para construir aviões. Identificado o problema, a empresa mudou a forma de trabalhar e desistiu das novas contratações.

Para Yves Morieux, os executivos deveriam “lidar com a complexidade sem criar complicações”. Afinal, ao simplificar processos, sistemas e gestão de pessoas, uma corporação pode aumentar até 25% sua produtividade. E não precisa trabalhar mais horas para isso. A seguir, veja quem conseguiu simplificar o trabalho e hoje já colhe os frutos da mudança.

Identifique os gargalos

Uma boa maneira de descobrir suas falhas é pesquisar. Pergunte aos funcionários, por exemplo, quais são as práticas ou os sistemas mais frustrantes em seu dia a dia e o que pode ser melhorado.

Foi o que fez Marcos Scaldelai quando assumiu a presidência da Bombril, em 2013. Ele convidou os empregados de todos os departamentos, exceto os gerentes, para que apontassem três soluções: o que poderia ser feito em sua área para melhorar sua produtividade; o que deveria ser feito em outro setor para melhorar a produtividade do seu; e o que a companhia como um todo deveria fazer para produzir mais. “Conseguimos mapear os grandes gargalos de cada departamento vistos pelos funcionários”, afirma Scaldelai.

Em seguida, a equipe de tecnologia transferiu os processos mapeados para um software de computador que alerta as pessoas sobre o passo a passo das tarefas e o prazo para concluí-las. “Isso fez com que a velocidade aumentasse e a gestão ficasse clara”, diz o presidente. Se antes a Bombril errava a data de lançamento de um produto em mais de 25% do tempo, agora consegue colocar os itens no mercado nos dias programados.

Saiba priorizar

Para fazer bem seu serviço, é importante que cada um saiba o que se espera dele. Para isso, é preciso estabelecer metas de produção para os indivíduos e métricas claras para o negócio.

Há dois anos, quando chegou à companhia de e-commerce Groupon, Michel Piestun percebeu que a empresa tinha muitas métricas e pouco foco. Os funcionários gastavam tempo e energia com ações que não geravam resultados expressivos. Piestun, hoje presidente para a América Latina, diminuiu as métricas, restringiu as categorias de produtos comercializados e cortou cinco cidades de atuação do Groupon.

Também reduziu os níveis hierárquicos e dimensionou as equipes. “Se você tem cinco níveis entre o vendedor e o presidente, significa que são cinco pessoas aprovando algo e o cliente esperando. Imagina o tempo e o custo disso”, diz. Hoje, o Groupon faz o dobro de projetos com o mesmo número de pessoas.

Para realizar essas mudanças, Piestun fez o que ele chama de follow the money (“siga o dinheiro”). “Compro um produto ou um serviço e simulo um problema qualquer para ver quanto tempo a área de atendimento demora para responder”, diz.

Para o executivo essa é uma forma de medir a eficiência de uma companhia. As piores empresas são, segundo Piestun, as que oferecem os piores serviços — são as que escondem por trás processos engessados, falta de autonomia e sistema ineficiente.

Essa notícia foi publicada no site da Revista Exame, em 23/07/2015

O Método S.M.I.L.E. – A Importância da Atitude Positiva

Para que possamos usufruir de todos os benefícios que a Gestão do Humor proporciona no Ambiente de Trabalho, vamos agora tratar da segunda fase do Método S.M.I.L.E.: A Mudança de Atitude

 

Como informei na artigo anterior, sorrir é importante, mas por si só não resolve. É bem verdade que excesso de amabilidades, alegria e diversão sem objetividade, causa irritação. Temos de ser competentes no que fazemos. Vale dizer que não será só pelas saudáveis e respeitosas risadas que conseguiremos tornar nossas empresas mais bem humoradas.

 

Sabemos que toda e qualquer mudança deve começar primeiro em nós mesmos. Então se queremos trabalhar numa empresa bem humorada, devemos nos tornar, primeiro, pessoas bem humoradas e para isso é necessário que haja uma mudança interna de Atitude.

 

O bom é que a escolha de nossa Atitude diária, só depende de nós. As pessoas tentarão influenciar nesta nossa escolha, mas se estivermos convencidos dela, será muito mais difícil nos desviarmos do nosso caminho. E basicamente, as opções que temos são: atitude negativa, atitude neutra ou atitude positiva. A escolha é sua!

 

Assim sendo, se optamos logo no início do dia, por uma Atitude Negativa, iremos chatear todos os que estiverem ao nosso lado gerando um círculo vicioso, que fará do nosso dia um verdadeiro inferno. E olha que é preciso o dobro de energia para ser negativo do que para ser positivo. É por isso que, no final de uma discussão, nos sentimos exaustos.

 

Agora se a nossa escolha recair sobre a Atitude Neutra, sairemos de casa e para ela retornaremos sem que ninguém nos tenha notado. Ficaremos invisíveis. As pessoas passarão por nós e não nos enxergarão. Isso já aconteceu com você?

 

Já a Atitude Positiva em nossa vida cotidiana pode ser um fator decisivo para experimentarmos a diversão e alegria responsáveis e produtivas. O otimismo tem se demonstrado um fator importante tanto para o bem estar físico quanto mental, como uma atitude aberta às pequenas graças e reconhecimentos diários.

 

Então ao chegar na empresa, ofereça um gostoso e sincero “Bom Dia”, e se ele vier seguido de um forte abraço, então! Muito melhor! Atitude positiva é portanto, como você decide pensar, agir e reagir às intempéries do dia-a-dia, atraindo e contagiando positivamente todos que tiverem o privilégio de cruzar o seu caminho.

 

Agora, caso aconteça de você desejar Bom Dia para alguém e não receber a recíproca, não desanime, pois não podemos nos deixar contaminar pelo mau humor, até porque há no trabalho dois tipos de mal-humorados. Há aquele que só é mal-humorado com você, pois quando o chefe chega ele muda logo sua postura. Esse é o conhecido “Mala sem alça e sem rodinhas”. E o outro tipo de mal-humorado, que é crônico, pois ele permanece assim até quando o chefe chega. Atenção: este último pode ser um distímico.

 

A distimia é um estágio inicial da depressão e está presente em um número maior de pessoas do que imaginamos, pois elas mesmas, não acreditam serem portadoras desde mal, negligenciando no seu tratamento. A boa notícia é que esta doença pode ser curada.

 

E para estimulá-los na escolha por uma atitude positiva e bem humorada, vamos conhecer alguns dos inúmeros benefícios que ela proporciona no ambiente corporativo:

 

  • Estimula a criatividade e inovação – a HBR – Harvard Business Review informou que a felicidade no trabalho proporciona 300% mais de inovação.

 

  • Impacta positivamente a Produtividade – pesquisa Hay Group, mostrou que trabalhadores mais felizes são 43%  mais produtivos.

 

  • Reduz o Absenteísmo – a Forbes divulgou uma diminuição de 66% em licença médica de pessoas felizes e bem humoradas.

 

  • Alivia a Tensão e o Estresse – a HBR – Harvard Business Review destacou que pessoas felizes sofrem 125% menos o burnout – esgotamento físico e mental.

 

  • Aumenta a Atração e Retenção de Talentos – o Instituto Gallup informa que a Felicidade no trabalho reduz o Turnover em 51%.

 

Esses benefícios e muitos outros adquiridos com uma Mudança para atitude positiva, com certeza nos estimulam a Identificar oportunidades de descontração responsável e produtiva em nosso ambiente de trabalho, o que representa o próximo passo em nosso Método S.M.I.L.E.

 

 

 Feira do Empreendedor Sebrae 2015 Marcelo Pinto, o Palestrante do Bom Humor e filantropicamente conhecido como Doutor Risadinha, é Advogado Trabalhista e Gestor de RH, estando à frente da MP Assessoria Empresarial. Gelotólogo e Autor dos livros “Sorria, você está sendo curado” (Ed. Gente) e “O Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor no Ambiente de Trabalho” (Ed. Ser Mais). Mantenedor do site www.palestrantedobomhumor.com.br e do blog Espaço do Riso http://doutorrisadinha.blogspot.com.

O Método S.M.I.L.E. – Sorrir ainda é o melhor Negócio

Por Marcelo Pinto

Enfim, para que possamos usufruir de todos os benefícios proporcionados pelo Sorriso no ambiente de trabalho é que criei o Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor, de forma a termos um procedimento objetivo e claro para inserirmos o lazer e a descontração no trabalho de maneira responsável, visando minimizar e até mesmo reduzir os problemas de assédio moral, por conta das brincadeiras de mau gosto.

 

Antes porém, é importante que tenhamos sempre em mente o equilíbrio e o bom senso nestas ações, não devendo a empresa procurar por implantar 100% de descontração, mas também não deixar que prevaleça o mau humor em seu ambiente corporativo.

 

Nesta fase do método conheceremos o primeiro estágio (S = Sorria) que trata da importância e os objetivos do Riso para nossa saúde e relacionamentos pessoais e profissionais.

 

As pessoas estão rindo cada vez menos. O mau humor continua imperando no ambiente de trabalho. Mas felizmente, tenho visto nesta minha caminhada em centenas de palestras, que as empresas começam a ver o bom humor como uma competência altamente valorizada, incentivando-a entre seus Colaboradores, como uma forma positiva de agregar o grupo, obtendo dele melhores resultados, tanto no nível pessoal, como profissional.

 

Mas com frequência as pessoas me perguntam: “Ok, Marcelo, então como eu faço para rir se não tenho motivos?”. Eu respondo: Não se preocupe muito com isso não, pois tenho uma boa, ou melhor, uma excelente notícia para você, que se identifica com as razões acima: Não precisamos de motivos para rir! Como o riso é uma atividade física aeróbica intensa, basta termos a vontade ou necessidade de rir, que podemos fazê-lo, apenas forçando uma risada. Isso mesmo! Podemos forçar a risada, assim como forçamos a atividade física aeróbica, mesmo quando estamos com aquela preguiça de nos exercitarmos. Basta soltar um: ah ah ah, eh eh eh, ou qualquer outra vogal com a qual se identifique para gargalhar.

 

Tanto que o cientista e professor norte americano Robert Provine, nos apresenta uma comparação, apenas para percebermos o poder aeróbico da risada:

•          Cinco minutos de boas gargalhadas equivalem à quarenta e cinco minutos de exercícios físicos aeróbicos;

•          Rir cem vezes ao dia equivale a remarmos por dez minutos;

•          Rir por seis horas é o mesmo que nadarmos quatrocentos metros ou corrermos por vinte minutos.

 

É claro que se rirmos por seis horas sem parar, cairemos duros no chão, pois a atividade é intensa, mas este comparativo nos mostra o quão poderosa é a atividade física aeróbica quando damos boas gargalhadas.

 

Uma outra questão que torna esta nova opção de exercício aeróbico muito importante, é que o nosso cérebro não diferencia o riso imotivado do riso natural. Para ele é tudo risada. Sendo que os benefícios físicos obtidos com o riso e ainda mais com a gargalhada, mesmo que imotivadas, são os mesmos, fisiologicamente falando, pois psicologicamente, sabemos que o riso imotivado pode desencadear alguns problemas psicológicos indesejados.

 

Então, sorria e ria com mais frequência e usufrua dos inúmeros benefícios que esta atividade proporciona para nossa saúde, tais como:

•          o Cérebro produz Endorfinas, que têm um poder analgésico e anestésico muito superior que a própria morfina;

•          o Pulmão inspira e expele o ar em grande velocidade, ajudando a oxigenar o nosso corpo por inteiro, nos proporcionando pensar com maior clareza e criatividade;

•          o Coração bombeia o sangue com muito mais vigor, fortalecendo as artérias e músculos cardíacos;

•          nosso Sistema Imunológico se fortalece com o aumento na produção de Imunoglobulinas do tipo A, que é a nossa primeira linha de defesa contra diversas doenças virais e bacterianas; dentre inúmeros outros benefícios.

 

E tudo isso conseguimos mesmo forçando a risada, de início, sendo ao final contagiados por conta dos neurônios espelho, passando a usufruir de um riso verdadeiro, que o nosso cérebro assim o entende.

 

E com base nessa premissa, numa praça em Mumbaí, na Índia, em março de 1995, o médico indiano Dr. Madam Kataria, criou o movimento mundial dos Clubes do Riso, no qual as pessoas se reúnem apenas para rir, sem qualquer motivo. Tanto que o lema deste movimento é “Finja, Finja, até que Atinja”, ou seja, finja que você está rindo que ao final você estará rindo com vontade.

 

Hoje temos mais de oito mil Clubes do Riso, espalhados por mais de 70 países, estando presente no Brasil desde 2007 em Belo Horizonte e desde 2009 em São Paulo, quando fundei o Clube da Gargalhada de São Paulo.

 

Mas devemos reconhecer que não se vive só de risadas e que apenas o Sorriso por si só não resolve. É bem verdade que excesso de amabilidades, alegria e diversão sem objetividade, causa irritação. Temos de ser competentes no que fazemos. Vale dizer que não será só pelas saudáveis e respeitosas risadas que conseguiremos tornar nossas empresas mais bem humoradas.

 

Sabemos que toda e qualquer mudança deve começar primeiro em nós mesmos. Então se queremos trabalhar numa empresa bem humorada, devemos nos tornar, primeiro, pessoas bem humoradas, sendo o sorriso um dos seus mais importantes gatilhos. Mas para isso é necessário que haja uma mudança interna de Atitude e assim fica a deixa para o meu próximo artigo, quando trataremos da segunda fase do Método S.M.I.L.E.

 

 

 Feira do Empreendedor Sebrae 2015

Marcelo Pinto, o Palestrante do Bom Humor e filantropicamente conhecido como Doutor Risadinha, é Advogado Trabalhista e Gestor de RH, estando à frente da MP Assessoria Empresarial. Gelotólogo e Autor dos livros “Sorria, você está sendo curado” (Ed. Gente) e “O Método S.M.I.L.E. para Gestão do Humor no Ambiente de Trabalho” (Ed. Ser Mais). Mantenedor do site www.palestrantedobomhumor.com.br e do blog Espaço do Riso http://doutorrisadinha.blogspot.com.

Cinco dicas para exercitar o pensamento crítico

Gostaríamos de compartilhar com você uma matéria que foi publicada no Estadão de uma entrevista com a Profa. Dra. Giedre Vasiliauskaiteé, que é professora regular da Rotterdam Business School.

A matéria fala sobre os desafios dos profissionais na sociedade contemporânea, sobretudo em tempos de crise, e oferece Cinco dicas para exercitar o pensamento crítico.

1. O que é o pensamento crítico em termos de habilidade profissional?
2. Como o pensamento crítico é abordado na sala de aula, no currículo de um curso?
3. Como um profissional, em qualquer carreira, desperta e desenvolve o próprio pensamento crítico?
4. É possível obter material para exercitar pensamento crítico em situações do dia a dia, como ao trocar impressões sobre um filme?
5. Na sua opinião, qual é o melhor exercício de pensamento crítico?

Clique aqui para ler a matéria completa.

Em tempo: Já se inscreveu em nosso Fórum de Liderança que acontecerá no dia 10/06 em Atibaia? Veja mais detalhes em http://www.clubederh.com.br/?p=1794 e consulte condições diferenciadas para sua participação nesse evento imperdível.