Planos de Ação para Redução de Custos e Aumento da Competitividade


O CLUBE DE RH hoje é formando por mais de mais de 100 empresas associadas e através da união de esforços entre as empresas idealizamos PLANOS DE AÇÃO PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E AUMENTO DA COMPETITIVIDADE com o objetivo de aumentar a rentabilidade da sua organização.

Num cenário de retração da economia, é vital para garantir resultados positivos ter ações eficazes visando garantir custos menores, cada vez mais competitivos.

Neste sentido convidamos a sua empresa para participar gratuitamente do 1º Encontro do CLUBE DE RH em BRAGANÇA PAULISTA.

Em especial, temos em nossa programação do horário das 13:30 às 15:00 a Apresentação dos Planos de Ação para Redução de Custos e contamos com a presença de um representante da sua empresa para tratarmos deste importante assunto.

Aguardamos a sua confirmação na participação deste importante evento.

Para maiores informações sobre o Clube de RH e seus Planos de Ação, acesse Planos de Ação

Escola dos Campeões – 5 Práticas do FC Barcelona

Por Erik Penna

 

Estive na Espanha para um estudo in loco sobre a gestão vencedora do FC Barcelona e, assim, identificar como as empresas brasileiras poderiam colocar algumas dessas ações em prática, para crescer e potencializar os resultados.
Uma gestão vencedora consegue prêmios e títulos. No FC Barcelona, chegar ao topo e se manter lá tem sido algo corriqueiro, pois o clube já possui 5 títulos da Liga da Europa, conquistou 3 vezes o campeonato Mundial da Fifa, detém 27 títulos da Copa do Rei e se consagrou 23 vezes campeão da Liga Espanhola de futebol.

Além disso, está entre os mais valiosos clubes do planeta, tem a maior torcida da Europa, com cerca de 58 milhões de torcedores neste continente, é o clube com maior número de seguidores nas redes sociais e, ainda, o que mais cede jogadores do seu elenco para as seleções nacionais.

Um clube que coleciona tantas conquistas tem muito a nos ensinar. Destaco a seguir 5 práticas campeãs que todas as empresas poderiam adotar:

1) Planejamento estratégico

Você já parou para pensar qual é o mercado da sua organização? Onde estão seus clientes? Quais são seus verdadeiros concorrentes?

O Barça, como é carinhosamente chamado por parte de seus torcedores, já parou para pensar qual é o seu mercado. Inicialmente, o planejamento era focado para ganhar um jogo ou um campeonato, ou seja, um mercado restrito e de curto prazo. Uma evolução foi percebida quando os comandantes decidiram que precisavam pensar o clube como um negócio, com um olhar de médio prazo. Houve uma nova evolução que determinou o posicionamento do clube e, a partir daí, estabeleceram um planejamento estratégico para atuar no mercado do entretenimento. E isso muda tudo! Por exemplo: o Circo de Soleil passou a ser encarado como um concorrente e, mais que torcedores, o Barça tem fãs.

Pensando no mercado do entretenimento, elaboraram ações para atrair clientes e contatos que criassem uma experiência diferenciada com a marca. Para se ter uma ideia disso, as visitas pelo estádio e ao museu do clube no Camp Nou, foram responsáveis por uma receita de 30 milhões de euros em 2015, a terceira maior fonte de rendimentos do clube.

2) Cultura organizacional – RH

A cultura organizacional de uma entidade orienta o comportamento de quem está inserido nesse contexto e é fiel aos seus valores, crenças e hábitos. Baseado nisso, consegue recrutar, selecionar e integrar grandes profissionais das mais diferentes funções e localidades, dentro e fora do campo.

3) Meritocracia – Produtividade

Como reter talentos num mercado tão competitivo? É preciso mapear as competências e a meritocracia e, neste clube, isso tem sido um fator determinante para o sucesso. Para se ter uma ideia, até os contratos do trio MSN (Messi, Suarez e Neymar) são baseados na meritocracia, estão atrelados à produtividade de cada um e nos resultados que o grupo obtiver na temporada. Isso significa que o número de partidas que o jogador faz e os títulos que conquista durante o ano, influenciam e alteram consideravelmente a sua remuneração.

4) Treinamento

No FC Barcelona, treinamento é algo muito sério, pois ele é considerado uma ferramenta de desenvolvimento, e não apenas um ato de correção. Vale o exemplo do próprio jogador Leonel Messi, eleito várias vezes como o melhor do mundo. Mesmo com tamanho reconhecimento e atitudes geniais no campo, ele treina muito, aliás, se hoje mesmo não estiver jogando, fatalmente estará treinando. Ora bolas, então, se o melhor do mundo treina várias vezes numa semana, por que alguns profissionais acham que não precisam se qualificar continuamente?

5) Gestão estratégica de pessoas

Olhando o organograma do clube Barcelona, você não encontrará o RH alocado em nenhuma área específica. Sabe por quê? Na verdade, ele atua em todas as áreas de forma estratégica e decisiva. Aliás, não é qualquer jogador, por melhor que seja, que poderá ser contratado pelo Barça, pois jogar muito bem é apenas um dos requisitos.

O clube está sempre atento quando o assunto é sucessão. Lembram-se quando o brasileiro Ronaldinho Gaúcho era o astro do time? O Messi, como coadjuvante, já estava sendo preparado. Agora, quando o Messi está no auge podendo entrar em declínio a qualquer momento, o Neymar, possível sucessor, já está sendo preparado.

Para finalizar, tenha como lema: mais que um clube, o Barça se preocupa com a comunidade local, a sociedade e é uma organização que participa da vida das pessoas. Por tudo isso, desperta tamanha paixão e não possui simplesmente torcedores, mas sim, verdadeiros fãs por todo mundo.

Erik Penna estará conosco no dia 13/07/16 com a Palestra: “Os pilares da gestão Disney aplicados ao RH” – Saiba mais.

Ócio improdutivo

  1. * por Tom Coelho

     

    “A preguiça anda tão devagar

    que a pobreza facilmente a alcança.”

    (Confúcio)

     

     

    O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro em homenagem a Zumbi dos Palmares, morto nesta data em 1695, considerado símbolo da luta dos negros escravizados no Brasil, foi instituído oficialmente em 2011, sendo adotado como feriado em diversos municípios brasileiros.

     

    Embora seja um motivo nobre para promover conscientização e debate, a data acaba sendo apenas mais um feriado. Aliás, você já teve a curiosidade de bisbilhotar o calendário para o próximo ano? Pois então, teremos doze feriados nacionais, sendo que nove deles cairão durante a semana. Assim, se considerarmos 52 sábados, 52 domingos, os nove feriados nacionais, dois possíveis feriados municipais e mais quatro dias emendados (no mínimo), contabilizaremos 119 dias “não produtivos”. Se somarmos a isso os 30 dias de férias constitucionais, chegaremos à conclusão de que um cidadão comum fica quase 40% do ano sem nada produzir. E não estou incluindo na conta a “paradeira” pré-Carnaval, que coloca o país em marcha lenta por mais de 40 dias, com protelação de decisões e investimentos.

     

    Minha proposta não é debater a relevância de tais datas, mas sim promover a seguinte reflexão: é justificável convertê-las em feriados?

     

    Antes que se façam conclusões precipitadas, é evidente que estou generalizando. Afinal, há muitas pessoas trabalhando nestas ocasiões, motivo de comemoração para a indústria do turismo e para parte significativa do comércio. Mas não podemos nos furtar à realidade dos fatos.

     

    Segundo o IBGE, a população economicamente ativa (PEA) no Brasil é da ordem de 51% (este índice chega a ser de até 75% em alguns países). Em outras palavras, metade da população tem seu sustento condicionado a quem trabalha. Assim, temos uma força de trabalho reduzida, com baixo nível de escolaridade, carente de capacitação e que muitas vezes não está envolvida com sua atividade profissional.

     

    Isso é apenas um fragmento da história, mas uma explicação plausível, ainda que parcial, do porquê de nossa baixa produtividade e baixa competitividade. É certo que horas de trabalho não necessariamente sinalizam um trabalho qualificado. Mas precisamos repensar a agenda nacional e a própria dinâmica profissional em um mundo globalizado e informatizado.

     

    Pergunto-me quando haverá algum político com coragem suficiente para propor que determinadas datas sejam celebradas no sábado ou domingo, evitando mais um feriado no meio da semana…

     

    Não se trata apenas de trabalhar mais, mas de trabalhar mais inteligentemente, com dedicação, empenho, uso adequado do tempo, foco no resultado e paixão.

 

Tom_Coelho

Síndrome de planejamento

* por Tom Coelho

 

“Boa sorte é o que acontece quando

a oportunidade encontra o planejamento.”

(Thomas Edison)

 

 

Possivelmente você acompanhou pela mídia o que aconteceu com alguns candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorrido no último final de semana. Refiro-me especialmente aos atrasados, impedidos de fazer a prova por encontrarem os portões fechados.

 

Houve de tudo: pessoas sem documento com foto para identificação, que esqueceram de levar caneta preta transparente, que erraram o endereço do local de prova.

 

O fato é que isso ilustra um mal que aflige a todos nós, pois sofremos de uma síndrome de falta de planejamento que é típica de nossa cultura. Assim, temos o péssimo hábito de protelar e fazer tudo na última hora, simplesmente porque não programamos nossas atividades.

 

Vivemos em uma nação sem a ocorrência de catástrofes climáticas ou inverno rigoroso, situações que em outros países demanda preocupação e preparo constantes. Convivemos por anos com elevadas taxas de inflação que nos impossibilitavam postergar o consumo, incentivando o imediatismo como meio de combater a perda do poder de compra da moeda. Nas escolas, estudamos na véspera das provas e os trabalhos de conclusão de curso entram em pauta apenas quando se aproxima o prazo fatal para entrega.

 

No mundo corporativo não é diferente. Poucas são as empresas que realizam planejamento estratégico anual. Como consequência, surgem desequilíbrios financeiros, interrupção da produção por falta de matéria-prima, atrasos em entregas, problemas de qualidade, elevação dos índices de acidentes no trabalho, indisponibilidade de capital humano qualificado, perda de produtividade.

 

Por conseguinte, somos indisciplinados também na vida pessoal. Segundo o Ministério da Saúde, 51% dos brasileiros têm sobrepeso. Já a mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE aponta que 68,45% das famílias brasileiras gastam mais do que ganham todos os meses.

 

Voltando ao Enem, os retardatários alegaram que o ônibus atrasou, que o trânsito estava intenso, que não havia vaga para estacionar. Tudo isso explica, mas não justifica. Chegar antes a qualquer compromisso é um exemplo de respeito e educação para com os demais. Além disso, permite a serenidade para se preparar emocionalmente, seja para uma prova, seja para os debates que ocorrerão durante o encontro.

 

O resultado disso traduz-se em uma palavra: frustração. Para os atrasados no Enem, minutos ou segundos que significarão um ano perdido. Para um advogado, poderia denotar a perda do prazo para interpor um recurso, prejudicando irreversivelmente seu cliente. Para um profissional de vendas, chegar tardiamente a uma licitação, desqualificando sua empresa e talvez a levando à bancarrota. Para um executivo atrasado a uma reunião, o comprometimento de sua imagem e da companhia que representa.

 

Que tal começar a desenvolver, agora, o hábito do planejamento em todas as dimensões de sua vida?

 

Tom_Coelho

11/11 – Nosso encontro de Novembro – Clube de RH

11/11/2015 (quarta-feira) das 08h30 às 12h30
Local: SEDE DO CLUBE DE RH DE EXTREMA – PARQUE ECOLÓGICO PICO DOS CABRITOS
Rua das Acácias, 777 – Vila Rica – Extrema – MG

 

Programação

08h30 – Credenciamento.

08h45 – Boas vindas da Coordenação
Recados gerais sobre o Clube de RH.

09h00 – Objetivos e Resultados dos Planos de Ações em andamento: Ações referentes à NR 12, Universidade Corporativa, Redução do Absenteísmo e Sinistralidade, dentre outros.

09h30 – Planos de Ação para Universidade Corporativa do Clube de RH.

10h30 – Café de relacionamento.

11h00 – Palestra: “Produtividade e Gestão do Tempo?” com o consultor Marcio Welter.

12h30 – Sorteio de Brindes e Encerramento.

 

Quarta-feira, 11/11/2015 das 08h30 às 12h30

Contamos com a sua presença!

INSCREVA-SE AQUI!

 

Trabalhamos muito ou mal?

Em março de 2014, o americano Mohamed El-Erian, de 55 anos, então presidente de uma das maiores consultorias financeiras do mundo, a Pacific Investment Management Co., renunciou ao cargo depois de receber de sua filha de 10 anos uma carta com 22 momentos importantes da vida dela que ele havia perdido por causa do trabalho.

Para cada evento no qual não esteve presente, o executivo tinha uma justificativa — reunião, viagem ou jantar de negócios. E foi ali que ele percebeu que passou mais tempo fora da vida das pessoas que ama para poder cumprir uma agenda de compromissos.

No mundo todo, há vários El-Erian que ainda não receberam sua listinha de momentos perdidos, mas certamente perceberão esse vazio um dia. Segundo a pesquisa From Dedication to Medication?, realizada com 12.000 executivos de primeiro nível em 85 países pela Regus, fornecedora de produtos e serviços para escritórios, atualmente 48% da população economicamente ativa passa 9 horas por dia no trabalho, enquanto outros 38% ficam 10 ou mais horas.

O estudo aponta o Brasil como o país onde mais se trabalha, com 17% da população cumprindo uma jornada de 55 horas semanais. E o expediente continua fora do escritório: 45% dos brasileiros levam pendências para casa pelo menos três vezes por semana.

Diferentemente do que alguns podem pensar, a longa jornada em nada contribui para a produtividade. Segundo o relatório global da Conference Board, organização americana que reúne 1 200 instituições públicas e privadas de 60 países, para produzir como um americano são necessários quatro brasileiros.

Então, por que trabalhamos tanto? Será que a quantidade de tarefas aumentou ou executamos mal nossas atividades?

Para Raphael Carvalho, presidente no Brasil da Alexander Proud­foot, consultoria global que atua há 68 anos estudando a produtividade das organizações, as horas extras não estão relacionadas ao aumento de tarefas, muito menos à má vontade do empregado. “A culpa é das companhias”, ele afirma.

O serviço está organizado de forma que não permite às pessoas fazer o que deve ser feito dentro do horário correto. “A falta de processos bem estruturados, de métricas e de alguém para ajudar no dia a dia faz com que se trabalhe 11 horas para terminar aquilo que poderia ser feito em 6 ou 7 horas”, diz o consultor.

Segundo a Proudfoot, os profissionais perdem até 30% do dia por causa da ineficiência da corporação. Outra pesquisa, da consultoria empresarial Bain&Company, aponta números mais preocupantes: 80% do expediente da liderança é gasto com assuntos que contribuem com menos de 20% dos ganhos da empresa.

Como chegamos a esse ponto?

As corporações sabem qual é o caminho para recuperar a produtividade e dar um respiro às pessoas: simplificar. Segundo o relatório Leading in the New World of Work, da Deloitte, a simplificação do trabalho aparece como prioridade de sete em cada dez empresários. O problema, portanto, não é o diagnóstico, mas a solução. Depois de complicar tanto a gestão, as companhias têm agora dificuldade para desemaranhar seus nós.

Ao longo do tempo, foram criadas muitas estruturas, sistemas, processos e métricas para dar suporte aos novos rumos dos negócios. “Quando duas áreas não conversavam, o empresário formava uma terceira para intermediar as outras duas, gerando mais uma caixinha, mais controle e mais problema de interação”, diz o diretor e sócio da consultoria Boston Consulting Group (BCG), Yves Morieux, em seu TED Talk intitulado Simple Rules. Assim surgiu o que ele chama de “complexidade organizacional”.

O modelo de trabalho também se complicou. Hoje, a mão de obra está geograficamente dispersa, as estruturas são matriciais, há mais informações, mais pessoas envolvidas nas tarefas e maior dependência para executar o serviço. Na tentativa de equilibrar essa complexidade, os profissionais empregam mais esforço e tempo — sem necessariamente dar conta do recado.

Quando os resultados não aparecem, a empresa acha que as pessoas estão fazendo corpo mole. Nomeia mais gestores para controlar a produtividade e incrementa os mecanismos de avaliação e punição. Está instalado o círculo da ineficiência. “É como se a companhia quisesse salvar o doente aumentando a dose do remédio que não faz efeito”, diz Anderson Sant’anna, professor e gerente do núcleo de desenvolvimento de liderança da Fundação Dom Cabral. Em vez disso, afirma o professor, ela deveria olhar para os problemas estruturais.

Consideram-se problemas estruturais desde o número de camadas hierárquicas até o processo produtivo e a própria cultura de gestão de pessoas. Contam, por exemplo, quantas interações o funcionário precisa fazer ou quantas telas de sistema deve abrir para realizar uma ação. Na maioria das vezes, todos estão tão acostumados a fazer as coisas de determinado jeito que nem percebem o desperdício de esforço.

A fabricante francesa de aviões Airbus, por exemplo, decidiu contratar mais engenheiros porque faltavam profissionais para fazer as aeronaves. Após uma análise, os consultores da Proudfoot descobriram que, na verdade, os engenheiros ficavam ocupados com reuniões, processos administrativos e e-mails, e não lhes sobrava tempo para construir aviões. Identificado o problema, a empresa mudou a forma de trabalhar e desistiu das novas contratações.

Para Yves Morieux, os executivos deveriam “lidar com a complexidade sem criar complicações”. Afinal, ao simplificar processos, sistemas e gestão de pessoas, uma corporação pode aumentar até 25% sua produtividade. E não precisa trabalhar mais horas para isso. A seguir, veja quem conseguiu simplificar o trabalho e hoje já colhe os frutos da mudança.

Identifique os gargalos

Uma boa maneira de descobrir suas falhas é pesquisar. Pergunte aos funcionários, por exemplo, quais são as práticas ou os sistemas mais frustrantes em seu dia a dia e o que pode ser melhorado.

Foi o que fez Marcos Scaldelai quando assumiu a presidência da Bombril, em 2013. Ele convidou os empregados de todos os departamentos, exceto os gerentes, para que apontassem três soluções: o que poderia ser feito em sua área para melhorar sua produtividade; o que deveria ser feito em outro setor para melhorar a produtividade do seu; e o que a companhia como um todo deveria fazer para produzir mais. “Conseguimos mapear os grandes gargalos de cada departamento vistos pelos funcionários”, afirma Scaldelai.

Em seguida, a equipe de tecnologia transferiu os processos mapeados para um software de computador que alerta as pessoas sobre o passo a passo das tarefas e o prazo para concluí-las. “Isso fez com que a velocidade aumentasse e a gestão ficasse clara”, diz o presidente. Se antes a Bombril errava a data de lançamento de um produto em mais de 25% do tempo, agora consegue colocar os itens no mercado nos dias programados.

Saiba priorizar

Para fazer bem seu serviço, é importante que cada um saiba o que se espera dele. Para isso, é preciso estabelecer metas de produção para os indivíduos e métricas claras para o negócio.

Há dois anos, quando chegou à companhia de e-commerce Groupon, Michel Piestun percebeu que a empresa tinha muitas métricas e pouco foco. Os funcionários gastavam tempo e energia com ações que não geravam resultados expressivos. Piestun, hoje presidente para a América Latina, diminuiu as métricas, restringiu as categorias de produtos comercializados e cortou cinco cidades de atuação do Groupon.

Também reduziu os níveis hierárquicos e dimensionou as equipes. “Se você tem cinco níveis entre o vendedor e o presidente, significa que são cinco pessoas aprovando algo e o cliente esperando. Imagina o tempo e o custo disso”, diz. Hoje, o Groupon faz o dobro de projetos com o mesmo número de pessoas.

Para realizar essas mudanças, Piestun fez o que ele chama de follow the money (“siga o dinheiro”). “Compro um produto ou um serviço e simulo um problema qualquer para ver quanto tempo a área de atendimento demora para responder”, diz.

Para o executivo essa é uma forma de medir a eficiência de uma companhia. As piores empresas são, segundo Piestun, as que oferecem os piores serviços — são as que escondem por trás processos engessados, falta de autonomia e sistema ineficiente.

Essa notícia foi publicada no site da Revista Exame, em 23/07/2015

Gestão empresarial em tempos de crise

Por Tom Coelho

“Gestão e sobrevivência andam lado a lado.”

(Joseph Carvalho)

 

Se o término das eleições definiu o cenário político para os próximos anos, o mesmo não se pode dizer com relação às perspectivas econômicas. Nossa atual conjuntura aponta para um crescimento próximo a zero neste ano e grande pessimismo para 2015. A inflação ultrapassou a meta definida, os gastos públicos bateram recorde, voltamos a ter déficit nas transações internacionais, a renda per capita encolheu e a indústria perde continuamente participação no PIB nacional.  Até mesmo o desemprego em queda é ilusório, haja vista que é mensurado com base na estatística de pessoas que estão em busca de emprego, índice este declinante em decorrência dos programas sociais. Prova disso é que os pedidos de seguro-desemprego estão em ascensão, podendo atingir nove milhões de pessoas neste ano, o que pode ser qualificado como, no mínimo, contraditório.

 

Economistas e cientistas políticos concordam que a correção da rota passa pelas reformas política, fiscal e tributária. O governo precisa elevar sua poupança, reduzir os gastos da máquina e ao mesmo tempo investir em infraestrutura; necessita aumentar a arrecadação, mas diminuir a carga tributária para estimular a produção e elevar a competitividade.

 

Enquanto estes impasses são discutidos, cabe aos empresários cuidarem de seus próprios negócios. Afinal, a macroeconomia tem impacto no longo prazo e a gestão microeconômica tem que ser feita aqui e agora. Seguem sete passos para reflexão:

 

1. Repensar o negócio. Analise seus produtos e/ou serviços considerando as demandas dos consumidores e as ações de sua concorrência. Você poderá concluir que é hora de reduzir seu portfólio, enfatizando os itens mais expressivos onde sua competitividade seja maior, ou ampliar a carteira, buscando atingir novos nichos de mercado.

 

2. Planejar. Elabore um plano estratégico para um horizonte mínimo de doze meses, tendo em vista três cenários possíveis: estagnação, com manutenção das vendas obtidas no decorrer deste ano; retração, com queda nos resultados; e evolução, com crescimento do faturamento. Prepare-se para agir diante de qualquer situação conjuntural.

 

3. Reduzir custos. Verifique todos os seus processos, de administrativos a operacionais, a fim de identificar meios para cortar custos sem evidentemente impactar a qualidade. Isso poderá conduzir à necessidade de investimentos em infraestrutura possibilitando elevar a efetividade, ou seja, fazer mais e melhor com menos recursos físicos e financeiros, envolvendo também menos tempo e pessoas.

 

4. Administrar as finanças. A falta de capital de giro é um dos maiores problemas corporativos, em especial das empresas de pequeno e médio porte. Por isso, é necessário ter austeridade na gestão do caixa. Isso significa cuidado na obtenção de crédito e vigília constante dos índices de endividamento, pois é impossível vencer os juros compostos. Atenção também com as vendas a prazo e com o sistema de cobrança dos inadimplentes.

 

5. Capacitar a equipe. O caminho para elevar a produtividade e, consequentemente, a competitividade, passa pelo investimento em sua equipe. Considerando-se o baixo nível de preparo com que os profissionais chegam ao mercado, decorrência direta da qualidade de nosso ensino, cabe a você instruir, treinar e desenvolver seus funcionários. Assegure-se de que estão alinhados à cultura de sua empresa, que conhecem seus produtos e/ou serviços, e que entregam aos clientes internos e externos um atendimento exemplar. Trabalhe para elevar o nível de engajamento dos mesmos, através de políticas de remuneração variável baseadas no êxito, programas de reconhecimento e valorização e construção de um clima organizacional próspero. E, como sempre digo, lembre-se: contrate devagar, mas demita rápido.

 

6. Vender mais. O coração de qualquer empresa está no departamento comercial, responsável pela origem das receitas. Para apoiá-lo, acione os mais diversos instrumentos de marketing, buscando mostrar-se ao mercado e difundir seus diferenciais. Você pode optar por campanhas para promover o desejo e o impulso do consumidor por seu produto e/ou serviço, ou ações mais institucionais capazes de potencializar a credibilidade e a reputação da marca. Escolha os meios e veículos adequados para divulgação e não desconsidere a força das mídias sociais.

 

7. Administrar impostos. Quanto mais competitivo for o seu mercado de atuação, impondo margens menores que exigem volumes crescentes para alcançar resultados satisfatórios, mais relevante será o cuidado com a carga tributária que impacta o seu negócio. Assim, consulte seu contador sobre a viabilidade em alterar seu regime de tributação do lucro real para o presumido ou aderir ao Simples. Considere também a possibilidade de desmembrar sua companhia em duas, ambas optantes pelo Simples, a fim de distribuir o faturamento e usufruir de alíquotas reduzidas. Consulte também outras formas de elisão fiscal (redução legal de tributos).

 

Todas estas ações básicas são essenciais para perseguir a sustentabilidade de seu negócio, embora não sejam as únicas, nem tampouco garantia plena de sucesso. Mas elas estão ao seu alcance e independem das decisões tomadas em âmbito político.

 

Tom_Coelho

Ambiente de trabalho agradável é sinônimo de melhoria na produção

O que faz com que você queira trabalhar em uma determinada empresa? São os benefícios? Ou talvez o ambiente de trabalho? Segundo estudos feitos pela empresa de pesquisa Universum, o que mais atrai os funcionários não é o lado de fora de uma empresa – nome e reputação -, mas sim aquilo que acontece dentro dela. A pesquisa relatou também que as pessoas procuram locais criativos, descontraídos e dinâmicos.

Mas como é possível oferecer um ambiente agradável para trabalhar, sem diminuir a produtividade? Rafael Cichini, da Just Digital, empresa de tecnologia, conta que um dos principais critérios que a companhia traçou para alcançar o sucesso foi proporcionar vida social aos funcionários. “As pessoas trazem coisas para contribuir com a melhoria dos processos e, com isso, a empresa ganha muito já que todos pensam no negócio e na qualidade do ambiente de trabalho.”

Cichini conta que implementaram algumas ações nada convencionais na empresa para torná-la um ambiente melhor. Um exemplo é o “Feedback Canvas”, que elimina as avaliações formais na empresa. As pessoas são avaliadas quando querem e por quem elas querem. Para isso, basta pedir uma sessão de avaliação. “O funcionário sai com uma ótima visão sobre como é visto pela empresa, quais pontos não estão legais e quais as possíveis ações.”

Ações simples também ajudam o funcionário a se sentir mais confortável e, por consequência, produzir mais e entregar um produto final melhor. Já pensou em ter acesso a comidas como cereal, biscoito, leite, granola, durante todo o dia na empresa? Ou jogar videogame, fazer aula de ginástica? A Cadastra, companhia de marketing digital, acredita que estas pequenas medidas ajudam o funcionário a se sentir em casa. “Quanto melhor eles se sentem dentro da empresa, mais eles produzem”, conta Nicole Lunardi, coordenadora de RH da Cadastra.

Uma das propostas da empresa é o “Beer O’Clock”, happy hour toda sexta-feira às 17h para integrar e descontrair o ambiente. Além desta, os funcionários participam de especiais de dia das mulheres, dia do trabalho, dia da pizza, campanha de doações e cursos de inglês.

As mudanças vêm com o tempo. “As pessoas passaram a se comunicar mais e o conhecimento da empresa passou a ser melhor compartilhado”, conta Cichini. “A produtividade aumentou, mas não por termos acelerado a velocidade do desenvolvimento. Entregamos o que o cliente realmente espera e fazemos isso com qualidade”.

 

Essa notícia foi publicada no site Forbes Brasil, em 23/10/2014

Fonte: http://www.lg.com.br/huma/mercado/ambiente-de-trabalho-agradavel-e-sinonimo-de-melhoria-na-producao