Profissionais preferem esconder insatisfação com o trabalho e buscam novo emprego

Da Editoria de Economia – Rossini Gomes (Jornal do Commércio)

 

Pesquisa mostra que 18% do trabalhadores já pediram demissão por estagnação e 14% por desestímulo

“Muitos profissionais pedem demissão do chefe, não da empresa. Eles se sentem desestimulados com o trabalho e, ao invés de conversar com o gestor, procuram outro emprego.” Essa é a conclusão da gerente da Page Personnel, Daniella Guimarães a partir dos dados de uma pesquisa que aponta que um em cada três profissionais pedem desligamento pela falta de novos desafios e de incentivo. O levantamento da consultoria mostra que 18% dos entrevistados já pediram desligamento da empresa por estagnação e 14% por desestímulo. A pesquisa foi realizada com 400 profissionais técnicos e de suporte à gestão em agosto e setembro deste ano e detectou que 79% já pediram demissão em algum momento da carreira.

 

 

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O levantamento permite afirmar que a estagnação é uma consequência da falta de estímulo. “É um fator que acontece, muitas vezes, em função do comportamento do gestor, que não desafia seu empregado. E isso leva o funcionário a uma estagnação, pois ele passa a não enxergar um plano de carreira e, consequentemente, não vê seus objetivos serem alcançados”, analisa Daniella.

Ela lembra que a estagnação também pode ser provocada pelo fator urgência. “Os profissionais da chamada ‘geração Y’ sentem uma necessidade de imediatismo, de que tudo é para ontem”, acrescenta.

Segundo a gerente, a insatisfação pode ser resolvida com um simples diálogo. “É importante que o funcionário exponha o que está causando incômodo e discuta com o gestor, ao invés de encontrar como solução a busca por um novo emprego”, sugere.

EQUILÍBRIO – A pesquisa aponta que 14% dos jovens entre 19 e 25 anos estão preocupados com o balanço entre a vida profissional e a qualidade de vida. Questionada se o percentual é baixo, Daniella explica que, “pessoas nessa faixa etária estão mais preocupadas em desenvolver a sua carreira, e isso pode se sobrepor à qualidade de vida, diferente de quem está na fase adulta, que tem outras preocupações.”

Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/concurso-e-emprego/noticia/2014/11/03/profissionais-preferem-esconder-insatisfacao-com-o-trabalho-e-buscam-novo-emprego-154253.php

Veja algumas dicas de como motivar seus funcionários

Veiculo: Forbes Brasil

Gestão empresarial seria fácil se todo mundo fosse motivado. Apesar disso, na maioria das vezes, a realidade é outra. Na gestão, você não tem escolha e tem de lidar com todos os tipos de pessoas. Assim, aqui estão quatro dicas para motivar o seus colaboradores desmotivados.

1 – Conheça o lado pessoal dos seus funcionários

Só assim é possível ter alguma esperança de efetivamente motivar. Quanto mais você souber, mais chances você terá de descobrir quais incentivos irão funcionar de verdade. É dinheiro, flexibilidade, prestígio, reconhecimento? Que aspectos do ambiente de trabalho atual o funcionário acha frustrante e desmoralizante?

2 – Esteja plenamente consciente da dinâmica pessoal e de equipe

Isso pode fazer a diferença entre frustração e engajamento. Estudos confirmam isso também. A maneira como o grupo se forma, é um detalhe extremamente importante. Para um determinado projeto, colocar um funcionário com outro que ele goste de trabalhar pode ser uma forma muito eficaz de motivação.

3 – Encontre atribuições apelativas

Se você encontrar o motivo certo que acende o interesse do empregado, os resultados podem ser surpreendentes. Talvez um projeto fora de um departamento próprio – que tem valor para a organização – seja um bom negócio. Conversar com seu funcionário pode ser de grande ajuda, muitas vezes, você pode não ser capaz de obter as respostas certas, sem fazer as perguntas certas.

4 – Deixe suas expectativas claras

Você não consegue algo por nada. Em troca de sua própria atenção para o bem-estar e sucesso de seus funcionários, você terá com certeza expectativas concretas. Uma chave para uma gestão eficaz é confrontar: deixe claro exatamente quais são suas expectativas de desempenho. O que é aceitável e o que não é. Clareza é sempre o aliado de forte desempenho.

No final, não há nenhuma maneira infalível para motivar o desmotivado, mas existem passos que você pode tomar para melhorar suas chances. E em um mundo onde os estudos mostram que cerca de 7 em cada 10 funcionários estão desligados e desmotivados, as melhores chances de melhorar isso é sabendo do que se trata uma gerência de sucesso.

 

Essas dicas foram publicadas no site Forbes Brasil

Atributos que vão além da imagem

 

Uma empresa vai além não só do que ela produz e vende, mas também de seus números e até mesmo das pessoas que a tornam possível. Não seria exagero traçar um paralelo com a psicologia para dizer que uma companhia também pode ser formada por arquétipos, conceito que Carl Jung, discípulo de Freud, considerou como sendo responsáveis pela formação do inconsciente coletivo – um conjunto herdado e compartilhado de sentimentos, pensamentos e lembranças. Ao empregar símbolos em sua comunicação com o mercado, as empresas criam conexões, sentimentos e percepções de significados específicos cujo resultado é um arcabouço imaginário de referências sobre o que elas representam para os profissionais, mesmo sem terem passado pela experiência de trabalhar nelas. Assim são as empresas mais desejadas, apontadas na pesquisa “As Melhores na Gestão de Pessoas 2014”, da Aon Hewitt/Valor Carreira.

Ao pedir aos pesquisados, em uma única e espontânea resposta, o nome da empresa que gostariam de trabalhar, se não estivessem naquela em que se encontravam naquele momento, nomes como Petrobras, Google, Vale e Odebrecht começaram a surgir, dando corpo, juntamente com outras, a um ranking das mais desejadas. “Isso não quer dizer que essas pessoas não estejam felizes onde estão”, adianta Agatha Machado Alves, líder de desenvolvimento e gestão da Aon Hewitt e uma das coordenadoras da pesquisa. “Mas que as corporações, que povoam o imaginário coletivo, chamam a atenção por terem ou representarem algo diferente, mesmo que isso passe por motivações particulares.”

A questão é entender os motivos que as levam a despertar essa admiração pela marca, pela organização e por seus produtos. “Uma empresa de inovação passa uma imagem de que perdura a crises, por estar sempre se renovando”, diz Agatha. Partindo desse pressuposto, a Petrobras, mesmo com os recentes escândalos envolvendo seu nome, é a mais desejada da lista. O fato de ela remeter a uma representação de companhia sólida, a primeira de petróleo no Brasil, é a explicação encontrada pela especialista para a instituição não ter caído de posição em relação ao ranking do ano passado.

Na sequência, corporações como o Google sinalizam para o mercado que inovam e, portanto, sabem fazer diferente, abrindo espaço para pensar “fora da caixa”, criando assim conexões com quem busca o mesmo. “Eu vejo como possíveis razões para sermos lembrados pelas pessoas o fato de que fazemos um trabalho, conscientemente planejado, de cuidar da nossa cultura e processos”, diz Mônica Duarte Santos, diretora de Recursos Humanos do Google para a América Latina. “Nós temos um esforço grande de divulgar que é possível ser uma companhia de sucesso e um ótimo lugar para trabalhar.”

A cultura Google, como passou a ser conhecida e referenciada por várias outras companhias, principalmente as startups, acaba por fazer alusão a um local descontraído, em que ser informal é a regra, onde é possível se dar um intervalo para refrescar a cabeça com uma partida de futebol de mesa, de sinuca, ou de vídeo game. Tirar uma soneca em uma rede de balanço na sala de descanso também é possível, assim como se servir à vontade de alimentos sempre disponíveis. “A nossa crença passa talvez a imagem de que é um lugar mais divertido que ‘hardworking’. Mas não chegaríamos onde estamos se os colaboradores passassem o dia jogando pingue-pongue”, enfatiza Mônica. Em 2013, a receita do Google alcançou US$ 55,5 bilhões e um lucro líquido de US$ 12,9 bilhões.

Para atingir suas metas, a multinacional americana de tecnologia investe em programas internos de identificação de líderes, ‘coaching’, ‘mentoring’, pesquisas de clima, de satisfação com os gestores, e de intercâmbios com outros escritórios do mundo. “O fato de estar no imaginário das pessoas como um lugar desejado para se trabalhar está muito relacionado à percepção de que as pessoas podem ser criativas aqui, atuar de forma colaborativa e ter acesso a uma comunicação com informações muito transparentes”, diz.

A identificação com os valores da corporação e a busca por desafios para o desenvolvimento profissional também somam a esse fator de atratividade. Esse é o pensamento de Daniel Villar, vice-presidente de pessoas, organização e comunicação da Organização Odebrecht. “A nossa cultura empresarial é de acreditar na capacidade do ser humano em se desenvolver. Não investimos em publicidade, mas em gente, dando oportunidades para um crescimento desafiador de longo prazo”, diz. Ele acredita que grande parte de quem tem a Odebrecht como referência conhece alguém que trabalha na organização ou ouviu coisas boas, o que seria suficiente para despertar interesse.

Villar considera que a possibilidade de uma carreira internacional, em alguns dos 23 países em que o grupo está presente, também exerce alguma influência na construção dessa imagem de desejo. Ele próprio é um exemplo. Com 20 anos de carreira na Odebrecht, 15 anos foram trabalhando em outros países. Os programas internos de formação de liderança também são um atrativo. “Nossos 15 CEOs, dos 15 negócios da organização, foram todos formados aqui dentro e todos os diretores têm pelo menos dez anos de casa”, diz.

Segundo o executivo, esses programas também ajudam na retenção, que é maior nas empresas de atuação industrial do que nas de prestação de serviço. Isso porque nas industriais se tem uma continuidade de trabalho, enquanto que nas de serviços, onde estão as áreas de construção, o grosso da contratação é por projeto. Mesmo assim, a organização conta com 4 mil funcionários com mais de 30 anos de casa. Apesar do seu tamanho e complexidade, não existe um processo formal de pesquisa de clima organizacional. “Estamos atentos nos índices de rotatividade, mas mais preocupados em fazer com que nossa cultura seja aplicada.” No passado, o programa de trainee teve 70 mil inscritos para 300 vagas. “Ser desejada facilita a busca por profissionais, mas torna a entrada mais difícil.”

Confundir-se com o desenvolvimento do Brasil e ter um pouco de si em cada parte do país também ajuda na elaboração dos símbolos que vão despertar a admiração nas pessoas. Essa é a opinião de Enes Vilela, diretor de Recursos Humanos da Construtora Camargo Corrêa, que exerce uma atratividade natural de profissionais de engenharia ou de pessoas que tenham atuado em segmentos afins. Com o passar das décadas, evoluíram, junto com a empresa e o mercado, também suas políticas de gestão de pessoas. Para Vilela, isso colabora para a boa fama da companhia, que tem um tempo médio de permanência dos profissionais de oito anos, subindo para 12 anos no quadro gerencial.

Além das políticas de formação e desenvolvimento profissional para todos os níveis, a Camargo Corrêa possui três sistemas de avaliação de desempenho, em que as equipes operacionais e a liderança de campo são avaliadas e reconhecidas nas atividades mensalmente, fechando um ciclo a cada período de seis ou 12 meses. Já os profissionais de escritório e de gestão executiva têm etapas de avaliações distintas que incluem deles próprios, de seus gestores, de pares ou clientes internos. “Buscamos atrair profissionais com boa formação, que queiram ser líderes de negócios complexos e estejam abertos a novas experiências para viver e trabalhar em locais diversos. Eles precisam querer se desenvolver e ser motivados por desafios”, diz Vilela.

Desafios também fazem parte do enfrentamento que as empresas têm diante das incertezas e dos dissabores da economia. Muitas vezes, esses momentos também servem para pôr em xeque certas referências de imagem da marca, principalmente em determinados setores, como o automobilístico, onde não é incomum casos de demissões em massa. A General Motors do Brasil é a prova disso. Ela já promoveu movimentos dessa natureza e, mesmo assim, é considerada uma companhia desejada. “A General Motors é uma das maiores e mais respeitadas corporações do mundo, com grande responsabilidade social e reconhecida também por valorizar seu capital humano”, afirma Mônica Azzali, diretora-geral de Recursos Humanos e relações trabalhistas da GM do Brasil.

A empresa estimula o desenvolvimento contínuo de seus empregados por meio do trabalho em equipe, de cursos patrocinados e do encorajamento à inovação. Planejamento conjunto de metas com base em objetivos bem definidos, coaching, liberdade de expressão e o monitoramento do grau de satisfação dos colaboradores com pesquisas internas são outras ferramentas bastante valorizadas. “Todos que querem crescer profissionalmente buscam uma organização que estimule e apoie essa prática, tanto pelo desenvolvimento intelectual quanto prático.”

Por ser uma empresa de ponta com ramificações nos principais mercados do mundo, o empregado ainda tem a oportunidade de acesso e interação com outras culturas e novas tecnologias. Para Mônica, a GM desperta o interesse de profissionais no mercado por um conjunto de fatores, a começar pela solidez e longevidade da marca, por ser ética e por prezar pelo bem-estar dos empregados. O programa para a identificação e formação de lideranças locais e globais também agrega valor, pois propicia um ambiente de trabalho desafiador e motivador.

As instituições mais desejadas, de certa forma, estão conectadas a algum momento da fase de vida das pessoas e mais expostas que outras. Como ressalta Agatha, líder de desenvolvimento e gestão da Aon Hewitt, quanto maior é a corporação e mais complexa na sua forma de trabalhar, mais sofisticadas vão se tornando suas políticas e práticas de processo e gestão. “Criam-se, dessa maneira, símbolos de que ali existe um processo claro de que serão oferecidas oportunidades de crescimento”, diz. Em última análise, identificar-se com uma empresa de padrões sofisticados é se colocar na possibilidade de se tornar tão requintado quanto ela e, assim, ser também um profissional desejado no mercado.

 

Essa notícia foi publicada no site Valor Econômico, em 31/10/2014

Fonte: http://www.lg.com.br/huma/mercado/atributos-que-vao-alem-da-imagem

Ambiente de trabalho agradável é sinônimo de melhoria na produção

O que faz com que você queira trabalhar em uma determinada empresa? São os benefícios? Ou talvez o ambiente de trabalho? Segundo estudos feitos pela empresa de pesquisa Universum, o que mais atrai os funcionários não é o lado de fora de uma empresa – nome e reputação -, mas sim aquilo que acontece dentro dela. A pesquisa relatou também que as pessoas procuram locais criativos, descontraídos e dinâmicos.

Mas como é possível oferecer um ambiente agradável para trabalhar, sem diminuir a produtividade? Rafael Cichini, da Just Digital, empresa de tecnologia, conta que um dos principais critérios que a companhia traçou para alcançar o sucesso foi proporcionar vida social aos funcionários. “As pessoas trazem coisas para contribuir com a melhoria dos processos e, com isso, a empresa ganha muito já que todos pensam no negócio e na qualidade do ambiente de trabalho.”

Cichini conta que implementaram algumas ações nada convencionais na empresa para torná-la um ambiente melhor. Um exemplo é o “Feedback Canvas”, que elimina as avaliações formais na empresa. As pessoas são avaliadas quando querem e por quem elas querem. Para isso, basta pedir uma sessão de avaliação. “O funcionário sai com uma ótima visão sobre como é visto pela empresa, quais pontos não estão legais e quais as possíveis ações.”

Ações simples também ajudam o funcionário a se sentir mais confortável e, por consequência, produzir mais e entregar um produto final melhor. Já pensou em ter acesso a comidas como cereal, biscoito, leite, granola, durante todo o dia na empresa? Ou jogar videogame, fazer aula de ginástica? A Cadastra, companhia de marketing digital, acredita que estas pequenas medidas ajudam o funcionário a se sentir em casa. “Quanto melhor eles se sentem dentro da empresa, mais eles produzem”, conta Nicole Lunardi, coordenadora de RH da Cadastra.

Uma das propostas da empresa é o “Beer O’Clock”, happy hour toda sexta-feira às 17h para integrar e descontrair o ambiente. Além desta, os funcionários participam de especiais de dia das mulheres, dia do trabalho, dia da pizza, campanha de doações e cursos de inglês.

As mudanças vêm com o tempo. “As pessoas passaram a se comunicar mais e o conhecimento da empresa passou a ser melhor compartilhado”, conta Cichini. “A produtividade aumentou, mas não por termos acelerado a velocidade do desenvolvimento. Entregamos o que o cliente realmente espera e fazemos isso com qualidade”.

 

Essa notícia foi publicada no site Forbes Brasil, em 23/10/2014

Fonte: http://www.lg.com.br/huma/mercado/ambiente-de-trabalho-agradavel-e-sinonimo-de-melhoria-na-producao