As empresas e o tsunami de lama no Brasil

Por Rogério Chér 

O assombroso tsunami de lama em Mariana estarrece pela crueldade em si, mas também nos tiraniza pelo que simboliza no Brasil de agora, pelo que vivemos como país neste momento.

Políticos por todos os lados fazem questão de nos enlouquecer de indignação. A lista de atitudes é irritantemente extensa e ofensiva à cidadania. Mas quero chamar sua atenção para outro detalhe: a co-responsabilidade de empresas por esta lama. Não me refiro apenas à tragédia em Mariana. Do Mensalão ao Petrolão, dezenas de dezenas de empresários, executivos, advogados, banqueiros e outros cuja ocupação profissional sequer consigo definir, compõem a cena do crime, ao lado de figuras políticas repulsivas. Temos organizações perto de nós, do nosso dia a dia, que não figuram nas manchetes policiais, mas repetem práticas diárias de envergonhar até mesmo um congressista brasileiro.

Nós, que não somos do Ministério Público, da Polícia Federal, do FBI ou da CIA… o que podemos fazer? Se você trabalha para uma empresa que não é ética, troque-a por outra que o mereça. Você, candidato a um emprego neste momento, não mande seu currículo para qualquer um. Não podemos dar crédito a quem nos rouba com serviços enganosos, promessas de Pinóquio e sociedades ocultas com figuras cancerosas da República. É possível fazer algo sim como colaborador, fornecedor, cliente ou acionista destas empresas: boicotá-las, deixar transparente sua reputação, envergonhar os criminosos que as dirigem com pinta de “sérios executivos”, e fazer com que sintam a única emoção que de fato é capaz de mudar seus comportamentos: a falta de dinheiro!

Estamos em tempo, como cidadãos, de fazer a nossa parte.

LEMBRE-SE: CONSCIÊNCIA TRANSFORMA A REALIDADE.

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Fonte: http://rogeriocher.com.br

Como definir a Missão da sua empresa?

Por Rogério Chér 

Poucas empresas diferenciam Missão e Propósito. Infelizmente. Seus significados são relevantes e diferentes.

O Propósito não diz o que a empresa faz, mas porquê existe, quais suas grandes causas, tudo aquilo capaz de capturar mentes e corações. É uma frase simples, porém abrangente, inspiradora e aspiracional, que atravessa diferentes ciclos estratégicos.

A Missão, por outro lado, conecta-se diretamente com a estratégia em curso. Na boca da Liderança, a Missão aponta claramente a direção. É a frase por meio da qual os líderes reforçam o que é mais importante fazer agora, o conjunto das maiores prioridades. Declarada a Missão, desdobram-se objetivos e metas individuais e coletivos, bem como se orienta a ação de pessoas e times.

Dê uma olhada nos textos de Missão por aí. São frases inócuas, que descrevem funcionalmente a atividade e o ramo em que se atua. São desperdícios retóricos, descasados do tão necessário direcionamento das equipes. Enquanto o Propósito perdura por longo tempo, teremos uma nova Missão a cada ciclo estratégico, dada a alta complexidade ao redor e a necessidade constante de inovar e mudar.

Confundir Propósito e Missão é prejudicial ao exercício de Liderar. Dou sempre aos meus alunos, leitores e clientes um exemplo simples: a Polícia. Enquanto instituição, ela tem um Propósito que, possivelmente, atravessará décadas com o mesmo significado, fortemente ligado à garantia da segurança e da ordem pública. Mas cada equipe que vai a campo tem uma Missão clara, sabe o que é preciso fazer.

Faça uma reflexão sobre como você, em sua empresa, engaja e inspira a partir de um Propósito conectado às suas maiores causas e de uma Missão que direciona a todos para o que é mais importante priorizar agora.

 

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Sua empresa é coerente com a Cultura declarada?

Por Rogério Chér 

Os Símbolos da Cultura são fundamentais para gerar coerência no sistema organizacional. Vejamos como.

Vamos supor que sua empresa declare como essencial o Valor “A”. E suponha que você procure identificar os colaboradores que são modelo exemplar deste Valor. Será tremendamente nocivo descobrir que tais indivíduos encontram-se estacionados e não apresentam sinais visíveis de que crescem como pessoas e profissionais. A ausência de crescimento daqueles mais representativos do Jeito de Ser e de Fazer da empresa provoca enfraquecimento da Cultura Organizacional.

Outro Símbolo a ser tratado com cuidado está no conjunto de atitudes e decisões que tomamos em tempos de crise. Momentos de alta complexidade representam a “hora da verdade” dos Valores Organizacionais. Quando as coisas se complicam, a Liderança é testada em seu discurso na prática: tudo aquilo declarado como “Valor” será mesmo preservado?

Por fim, oportunidades e perigos moram em todos os esforços de comunicação, para dentro e para fora da empresa. Até mesmo e-mails – sobretudo quando assinados pela Liderança – podem passar forte inconsistência. Conteúdos e formas das mensagens, quando distantes da Cultura desejada, espalham o vírus da incoerência, letal para o engajamento. De igual modo, o descuido em peças de propaganda e publicidade podem nos distanciar tremendamente do senso de Propósito e do conjunto de Valores. Todo trabalho de marketing que estiver descolado dos elementos da Cultura servirá para corroer o comprometimento. As pessoas se inclinarão a olhar o que fazem como emprego ou carreira, na melhor das hipóteses, mas não como uma vocação cheia de significado.

Símbolos repletos de elementos disfuncionais da Cultura geram grande incoerência, principalmente quando patrocinados pela Liderança. Isto mata qualquer esforço de engajamento.

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Os Símbolos da Cultura Organizacional e o Engajamento

Por Rogério Chér 

Além do Propósito, dos Valores, da Missão e da Visão de Futuro, toda organização precisa explicitar os Símbolos que fortalecem sua Cultura e que ampliam o engajamento. Mas do que estamos falando?

Entre os Símbolos mais importantes encontram-se os rituais. Deles fazem parte, por exemplo, todos os tipos de reuniões, festas, celebrações e encontros com colaboradores, clientes, fornecedores e acionistas. Além de gerenciar calendários e orçamentos destas iniciativas, é preciso refletir criticamente a respeito de quais elementos do Propósito e dos Valores serão reforçados nestes rituais, que são oportunidades relevantes para fortalecer comportamentos da Cultura observáveis no dia-a-dia.

Outro importante Símbolo são as instalações físicas. Qual a melhor opção de lay out? Open space, salas fechadas, home office? Veja, fortalecemos nossa Cultura quando trocamos benchmark de melhores práticas por uma reflexão focada sobre o tipo de espaço físico que melhor comunica nossa essência. Certos comportamentos são estimulados – ou enfraquecidos – dependendo da relação concreta que as pessoas têm com seu local de trabalho. Alguns destes comportamentos podem ferir a Cultura e o nível de engajamento.

Dois outros Símbolos contagiam positiva ou negativamente a Cultura: orçamento e alocação de tempo da Liderança. Imagine uma empresa que diz valorizar muito alguma coisa, para a qual a dotação orçamentária é irrisória. Nada bom. Agora vamos piorar a situação: todas as vezes em que é preciso falar sobre um tema – bem aquilo que declaramos como importante “Valor” da organização – nossa Liderança não está disponível para ouvir, não tem tempo e não prioriza na agenda corporativa. São contextos que geram aquilo que chamamos de “elementos disfuncionais” da Cultura, que tiram sua força e que comprometem o engajamento. São venenos na corrente sanguínea da empresa.

Falarei em nosso próximo papo um pouco mais sobre a importância dos Símbolos da Cultura.

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Engajar pela Cultura é o melhor caminho

Por Rogério Chér 

Estar engajado significa ter alto nível de comprometimento em longo prazo com alguém ou alguma coisa, sentir-se compromissado de corpo e alma. Em momentos turbulentos, o tema fica mais relevante para a Liderança, que não espera outra coisa senão pleno engajamento das pessoas com a organização. Mas como se chega lá?

Planos agressivos de remuneração e incentivos são uma alternativa, porém estreita pelo custo e duvidosa pelo impacto. Tanto a literatura quanto a prática evidenciam que se engaja mais e melhor quando se tem autonomia, aprendizagem contínua e senso de propósito. Mas minha experiência sinaliza outra alternativa sólida para engajamento: a Cultura Organizacional.

O primeiro passo é decodificar o DNA da empresa – da forma mais autêntica possível – por meio do Propósito, da Missão, da Visão e dos Valores. O Propósito é o por quê, a razão de ser da empresa, algo capaz de capturar mentes e corações. Não diz o que a empresa faz, mas porquê ela existe e qual impacto deseja causar no mundo. A Missão pressupõe o que é preciso fazer agora, o que é mais prioritário no momento, com base na estratégia em curso. A Visão enseja o que podemos ser no futuro, caso possamos viver na prática nossa Missão, inspirados por algo maior, que é o Propósito. Os Valores dão conta do que é essencial para nós, aquilo que desejamos preservar a todo custo, o que direciona nossas ações e escolhas.

Alinhar as pessoas com a Cultura desejada é alternativa eficaz de engajamento. O alinhamento entre indivíduos e Organização em Valores e Propósitos, Missão e Visão de Futuro será sempre o melhor caminho para alcançar comprometimento de corpo e alma.

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